Arenas esportivas que dão um show de eficiência energética

O uso de energia renovável em arenas esportivas já é uma condição exigida pela Fifa para um país sediar a Copa do Mundo. A maior parte dos 12 estádios brasileiros que receberão jogos da competição em 2014 contemplam em seus novos projetos a instalação de alguma fonte de geração limpa. O Mané Garrincha, em Brasília, terá uma megaestrutura de painéis solares capaz de gerar energia suficiente para 1,4 mil residências por dia. Mesmo quem não está entre os gigantes-sede quer fazer bonito. O baiano Pituaçu deverá se tornar até o fim do ano, o primeiro estádio nacional a usar placas solares.
Nenhum deles, entretanto, irá tão longe, a ponto de funcionar totalmente por energia solar, como os estádios das próximas páginas. Eles não precisam se preocupar com a conta de luz no fim do mês, nem com um inconveniente apagão de energia no meio da tarde durante alguma partida de futebol, infortúnio vivido, só neste ano, ao menos quatro vezes pelo Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio. Autossuficientes em energia, os estádios solares que você vai conhecer a seguir dão um show de eficiência energética e podem servir de inspiração para o Brasil.
Estádio Pituaçu - Bahia

Kaohsiung, em Taiwan

Com jeitão futurístico, o estádio de Kaohsiung, em Taiwan, carrega o título de primeiro do mundo 100% movido a energia solar. Seu teto é recoberto por nada mais nada menos do que 8.844 placas solares, que fornecem energia suficiente para as 3,3 mil lâmpadas que iluminam o estádio e mais dois telões gigantes que transmitem os jogos.
O uso dessa fonte de energia renovável e limpa evita a emissão de 660 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Em formato que remete a ferradura de um cavalo, a arena criada pela firma japonesa de arquitetura Toyo Ito foi construída para os Jogos Mundiais de 2009 e tem capacidade para 55 mil pessoas.

Stade de Suisse, em Berna

Construído no lugar do antigo Estádio Wankdorf, palco da final da Copa do Mundo de 1954, o Stade de Suisse pode não ter sido o primeiro do mundo movido a energia solar, mas é o que tem a maior cobertura solar. Erguido para a Eurocopa de 2008, o estádio foi aos poucos aumentando possui atualmente 12.000 m2 de células fotovoltaicas, que produzem 1,3 milhão de quilowatts/h de eletricidade por ano, o que corresponde ao consumo de 400 casas. O estádio, que é autossuficiente em energia, não é o único da Suíça a utilizar energia renovável. Outros três possuem placas solares integradas à cobertura, embora em menor escala: o Sankt Jakob-Park de Basileia, o Letzigrund de Zurique e a AFG Arena de Sankt Gallen.

T&T Park, Califórnia

Não são só os estádios de futebol que investem energia renovável. Em 2009, a equipe americana de beisebol San Francisco Giants instalou um conjunto de 600 placas solares em sua arena na Califórnia, a AT&T Park. A energia gerada pelo estádio poderia abastecer 4.470 residências em um único dia. Nos útimos dois anos, desde dua instalação, o teto solar dos Giants ajudou a evitar a emissão de 1,5 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.

Easy-Credit, em Nuremberg

Erguido em 1928, o estádio alemão Easy-Credit, em Nuremberg, é um exemplo de adaptação de estruturas históricas aos coneitos modernos da sustentabilidade. A arena passou por reformas para a Copa do Mundo de 2006, quando incorporou paineis solares e sistema de capatação de água. As novas características “ecofriendly” lhe renderam o primeiro certificado de gerenciamento ambiental recebido por um estádio europeu. Com o sistema de geração solar, o Easy-Credit é capz de produzir 1,68 MWh de energia, por ano.

Estádio Fenway Park, Boston

Um dos mais populares e antigos estádios de beisebol do mundo, o Fenway Park também quer fazer fama por outros motivos. Inaugurado no ano de 1912, o “lar” do Boston Red Sox passou por várias reformas nas últimas décadas, recebendo um telhado de paineis solares durante o último retrofit, em 2008. A eletricidade gerada pelo sistema garante a iluminação do estádio e também ajuda a aquecer a água dos banheiros do estádio. A iniciativa vem sendo adotada pelas principais ligas esportivas dos Estados Unidos.

Fonte: Revista Exame




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mogiano lembra os bons tempos do Palacete Jafet

Estrangeiros contam as dificuldades de ter uma esposa japonesa

Japão é campeão de reciclagem de latas de alumínio