Postagens

Os brasileiros e suas dificuldades para encontrar empregos qualificados no Japão

Imagem
centro de recrutamento de pessoal em Tokyo Depois de uma ampla reforma na economia que tirou o Japão   de duas décadas de deflação e de uma recessão profunda, agora o foco do governo de Shinzo Abe é ajudar as empresas a garantir mão de obra para poder crescer. A escassez de trabalhadores é, segundo economistas, um dos grandes problemas que o Japão enfrenta hoje e que impede a rápida recuperação da terceira maior economia do mundo. "O Japão é um dos países onde é mais difícil encontrar profissionais bilíngues. Para cada dez vagas existem apenas três profissionais, em média", conta o brasileiro Diego Utiyama, 27, que trabalha para uma empresa de recrutamento na capital japonesa. "A demanda é grande, por isso muitas empresas chegam a pagar até 40 mil dólares a uma empresa de recrutamento caso ela encontre um bom profissional", afirma Utiyama, que cuida de contas de empresas na área de tecnologia da informação (TI). Os estrangeiros têm aproveitado

Japão tem a mais baixa taxa de autossuficiência alimentar entre os países desenvolvidos

Imagem
Enquanto a produtividade dos produtos tecnológicos no Japão aumenta a cada dia, o setor agrícola vem sentindo a queda gradativa de sua produção Segundo, o professor Keishiro Itagaki, da Universidade de Agricultura de Tóquio, a baixa taxa de autossuficiência é um problema estrutural. A falta de mão de obra no setor agrícola tem resultado no abandono de terras cultiváveis e o iene forte facilitou a importação. Além disso, segundo o professor existe um fator estrutural ainda maior: os ganhos com a agricultura permaneceram baixos pelos últimos 20 anos. O cultivo das plantações não gera renda suficiente, desestimulando os produtores rurais, que migram para outras atividades mais lucrativas. Os produtos principais com baixa taxa de autossuficiência são os grãos, como o trigo e a soja, excluindo o arroz. A taxa de autossuficiência do trigo é de cerca de 10%, e a da soja gira em torno de apenas 4%.   Enquanto isso, a indústria pecuária japonesa é bastante competitiv

Candidatos nikkeis são discretos e poucos usam apelidos para ‘facilitar’ a vitória na eleição

Imagem
Chamar a atenção no meio de tantos candidatos, com apenas alguns segundos de participação nas propagandas eleitorais, não é tarefa fácil. Por isso, valer-se do bom humor e do inusitado na hora de escolher o nome de candidatura pode ser uma arma poderosa. Pelo menos é nisso que aposta um grande número de pessoas, que aproveita a pouca restrição por parte a Justiça Eleitoral e utilizam nomes criados para chamar a atenção da população. Como ocorreu em pleitos anteriores, nas listas por todo o Brasil, a criatividade rolou solta. Para sobressair, vale de tudo. Alguns buscam apelidos de infância, outros preferem usar a profissão. Há também aqueles que criam personagens. Dentre os diversos nomes estranhos desse ano, destaque para Bizarro, Cebolinha, Neymar Cover, Pão Torrado, Galo Cego e Mestre Drácula.  Entre os candidatos nikkeis, porém, poucos ousaram. Os que mais chamam a atenção em São Paulo são: Eduardo Tsuneo Saito (PHS), que deve ser procurado nas urnas como “Saito-San”; Sius

Primeiro-ministro japonês fará uma visita ao Brasil

Imagem
O primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, fará uma rápida visita ao Brasil, entre o dia 1º e 2 de agosto. Segundo informações do chefe de  gabinete do governo japonês, antes de desembarcar em solo brasileiro, ele visitará outros quatro países latino-americanos, México, Trinidad e Tobago, Colômbia e Chile, encerrando sua viagem no Brasil. Apesar dos laços entre Brasil e Japão, a última vinda ao Brasil de um primeiro-ministro do Japão ocorreu há 10 anos, em setembro de 2004, quando o ex-premiê nipônico, Junichiro Koizumi, esteve no Brasil, a convite do governo brasileiro. A agenda de Abe no país ainda não foi divulgada oficialmente, por motivos de segurança, mas informações dão conta que o primeiro-ministro visitará o Distrito Federal e a capital paulista. Em Brasília, terá encontro com a presidente Dilma Rousseff, e firmar um novo programa de desenvolvimento de infraestrutura e logística, nos moldes do Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para Desenvolvimentos dos Cerrado

Cidade de São Paulo investe pesado em reciclagem de lixo

Imagem
Nova usina de tratamento de lixo em Santo Amaro Seguindo modelo de vários países da Europa e do Japão, na questão do tratamento do lixo, a Prefeitura da Cidade de São Paulo, vem investindo em novas usinas de reciclagem de lixo. Duas novas usinas foram instaladas, com tecnologia moderna e com grande capacidade para processar mais material reciclável do que a quantidade de lixo separada pelo paulistano. O plano da Prefeitura prevê a construção de mais duas usinas até o fim de 2016 e ampliação dos distritos que terão coleta seletiva. Até hoje, São Paulo tinha convênio com 21 cooperativas de catadores para a separação do material reciclável. Para separa os resíduos e devolvê-los às indústrias, essas pessoas abriam os sacos de lixo reciclável e separavam, no olho ou com ajuda de maquinário simples, cada tipo de material. As duas novas usinas fazem a separação do material de acordo com a dimensão dos resíduos e leitores óticos para organizar os detritos, dando um ganho de produt

Campanha no Japão busca evitar que pessoas digitem enquanto andam

Imagem
As novas tecnologias sem sombra de dúvidas vem nos facilitar a vida, mas algumas dessas inovações acabam por deixar-nos reféns a ponto de não conseguir mais viver sem eles. É o caso do celular, hoje em dia não conseguimos sais de casa sem ele, mas seu uso exige atenção, principalmente no trânsito, tanto conduzindo veículos como pedestres. No mundo inteiro, a maioria das campanhas de alerta ao uso do telefone celular é voltada para quem dirige falando, escrevendo ao volante. No Japão, o foco é diferente. O foco é o pedestre que anda e tecla. Chegou mensagem e o esbarrão veio anexado. Os japoneses estão olhando mais para baixo do que para frente. Isso acontece no mundo inteiro, mas em uma metrópole com 30 milhões de pessoas, como Tóquio, pode ser perigoso. Quer se escolher música, escrever, checar mensagens, ver mapa caminhando. E, às vezes, até quando estão olhando para frente, a mão com o telefone permanece para o alto, em um reflexo que deixa claro o quanto estamos depend

Japão inaugura primeira estação de hidrogênio para carros

Imagem
A  primeira estação comercial japonesa de recarga de hidrogênio para veículos elétricos foi inaugurada nesta segunda-feira no oeste do Japão. As instalações devem abastecer a nova geração de carros com de bateria de hidrogênio, que estará no mercado em 2015. A fábrica, localizada na cidade de Amagasaki e operada pela companhia japonesa Iwatani, começará a funcionar quando chegarem ao mercado os primeiros carros de bateria de hidrogênio. Até então estará em fase de provas e de formação para seus futuros empregados. O preço do hidrogênio será similar ao da gasolina, anunciou a empresa japonesa, líder nacional no setor de gases industriais. A estação custou cerca de 500 milhões de ienes (R$ 6,56 milhões), e permitirá encher um tanque de hidrogênio de tamanho padrão em cerca de três minutos. As instalações "representam o início de uma nova sociedade baseada no hidrogênio", afirmou em entrevista coletiva o diretor da empresa, Masao Nomura. O governo japonês,

Competição Internacional entre Universidades, em busca de moradias sustentáveis

Imagem
Criado em 2002 nos Estados Unidos pelo   Departamento de Energia dos EUA,   o Solar Decathlon é uma competição internacional entre universidades.   O desafio para essas equipes formadas por estudantes de graduação e pós-graduação de todo o mundo: conceber uma habitação funcional,   usando o sol como única fonte de energia. Para a terceira edição, o   Solar Decathlon Europe   acontece na França, nos jardins do Rei Sol, no coração do domínio do castelo de Versalhes.   Os vinte melhores projetos serão expostos no centro da   Cité du Soleil   a partir de 28 junho - 14 julho de 2014. Eles serão avaliados de acordo com dez testes (daí o nome “decatlo”) em uma base total de 1000 pontos.   Cada uma dessas equipes é baseada em uma ou mais universidades, com a colaboração técnica e financeira de instituições e empresas.   O papel durante todo o processo, desde o início do projeto até a fase final da competição, é desenvolvido exclusivamente pelos alunos, conhecidos como "dec

Mulheres são a chave para o crescimento econômico do Japão

Imagem
O Japão sempre foi um dos países mais machistas do mundo, por anos as mulheres cuidavam apenas das tarefas de casa, e as poucas que se aventuravam a trabalhar fora, eram relegadas a papéis com pouca relevância na estrutura da empresa. Cargos de liderança, nem pensar.   Somente por volta da década de 1970, que as japonesas começaram a ingressar mais ativamente no mercado de trabalho, e hoje são peças chave para a economia. O Escritório do Gabinete do governo japonês sua nova estratégia de crescimento. O plano considera as mulheres peça-chave para impulsionar a economia do país e define políticas para facilitar a sua entrada no mercado de trabalho. O mundo também vem exortando o Japão a promover o poder feminino na sociedade. Com a diminuição da população economicamente ativa no país (entre 15 e 64 anos de idade), um aumento nas taxas de emprego de mulheres poderia incentivar o crescimento do Produto Interno Bruto. O governo não deveria considerar somente a população f

O Japão nos ajudou a reduzir o crime

Imagem
O escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime apresentou, em abril de 2014, um relatório com os números de homicídios no mundo. O Japão aparecia no pé das estatísticas, com taxa de 0,3 assassinato por grupo de 100 mil habitantes, e o Brasil , na ponta inversa da tabela, exibia uma taxa de 25 por 100 mil. À época, a comparação constrangedora levou autoridades brasileiras a estudar o caso japonês. Apesar da distância geográfica e cultural, parecia que o Japão tinha algo a nos ensinar. A comparação entre situações tão distintas provou ser o embrião de uma revolução na segurança do Brasil . Ao imitar o que dava certo no Japão – assim como aspectos da política de segurança na Itália e nos Estados Unidos –, o país conseguiu enfim colocar a segurança no trilho certo. Um problema que parecia insolúvel começou a ser resolvido. Uma das ferramentas mais eficazes, apontada pelo relatório profético da ONU, foi a adoção do policiamento comunitário, uma prática secular no Japão . E

Japão promove campanha para minimizar consumo de bebidas alcoólicas

Imagem
O Japão realmente é um país de vários contrastes. Durante a semana se dedicam integralmente ao trabalho, cumprindo longas jornadas. Já quando chega a sexta-feira, próximo ao final do expediente, o ambiente se transforma, todos ficam ansiosos e começam a combinar onde será o happy hour, que é uma tradição dos japoneses, que se reúnem em bares e karaokês e se soltam, bebem muitas vezes exageradamente e libertam toda a tensão e stress da semana. Mas o fato das pessoas exagerarem no consumo de bebidas alcoólicas, tem causado muitos transtornos e constrangimentos para quem trafega no entorno de bares e estações de trem. Não é raro ver pessoas, derrubadas pelo álcool, dormindo nas ruas, trens e estações. Mesmo na grande metrópole de Tóquio, isto é considerado normal. Para chamar a atenção para os perigos da dependência do álcool, uma famosa rede de bares japonesa, a Yaocho  lançou uma companha publicitária que utiliza as pessoas embriagadas como protagonistas de suas camp

JAPÃO: FESTIVAL DE DELICADEZAS

Imagem
Valorizar todo encontro, cada momento vivido com outra pessoa, porque, afinal, ele pode nunca se repetir. Esse é o sentido de “ichigo ichie” , o espírito japonês da hospitalidade, que remonta aos samurais do século 15 e à tradicional cerimônia do chá. Sejam amigos do peito, novos conhecidos ou colegas, os japoneses se desdobram pelos convidados. “Há uma preocupação extrema em receber e quase um sacrifício para agradar”, diz Yusuke Nakayama, vice-cônsul do Japão em São Paulo. Mais do que dar o melhor de si, a ideia é satisfazer as necessidades dos convivas. Lumi Toyoda, pesquisadora e consultora de cultura e etiqueta japonesas, conta um caso que ilustra o grau de esforço do anfitrião japonês. Os protagonistas: um político brasileiro e sua mulher. (Antes, é bom lembrar que no Japão não se entra em casa de sapato. Por uma questão de higiene, o calçado é deixado no hall de entrada, onde estão dispostos chinelinhos próprios para a circulação interna; se a sala for de tatame, fica-se

Japão trabalha em soluções para a sociedade envelhecida do futuro

Imagem
O Japão, um dos países mais envelhecidos do mundo, procura soluções para a crescente demanda no cuidado dos idosos, um setor que promete ser responsável por uma grande rentabilidade econômica no futuro. Nos últimos dias, o professor Hiroshi Kobayashi, da Universidade de Ciências de Tóquio, trabalha no projeto de uma máquina que literalmente tira as pessoas dependentes da cama e também em outra que ajuda a se sentar e levantar do banheiro. O projeto é um dos muitos que agora está no foco do setor privado no país asiático, já cobrado pela sociedade super envelhecida. Segundo dados divulgados em abril pelo Ministério da Saúde japonês, o número de japoneses com mais de 64 anos foi de quase 32 milhões, o que representa 25% da população do arquipélago. Deles, 5,4 milhões requerem algum tipo de assistência, um número crescerá ainda mais quando a terceira idade será quase 40% da sociedade japonesa em torno do ano 2050, segundo previsões do governo. Dentre todos os proj