O Ciclo da Reciclagem de Eletrônicos
Todo
mundo já deve ter visto em algum ponto de sua cidade, lixeiras seletivas, aquelas que
ficam suspensas e separadas por cor, para depositar diferentes
tipos de lixo. Mas apesar das lixeiras contarem com adesivos indicando o tipo de material a ser descartado, o que se vê
é um total descaso, joga-se qualquer tipo de lixo sem separar absolutamente nada.
Mesmo se o lixo for corretamente separado, alguém
sabe qual o destino? O que sabemos é que
a maioria do lixo coletado vai para os aterros sanitários. E os
outros tipos de lixo, como: lâmpadas, pilhas, baterias e
lixo eletrônico, alguém sabe o
destino?
Alguns
materiais que tem reciclagem simples,
como o plástico que envolve os
produtos eletrônicos, o
processamento é feito por empresas
reclicadoras, já os metais, são enviados para países como Bélgica e Alemanha,
que dispõem de tecnologia avançada para
fazer o processamento. Mas na
realidade, o processo de reciclagem
desses produtos é muito baixo, pois a
maioria é descartada incorretamente,
por falta de um ciclo de reciclagem constante, com falta de pontos de descarte, informação e uma triagem eficiente.
No
Japão, um dos países mais
conscientes na questão do lixo,
todo o processo é realizado em um único local. Os caminhões de coleta chegam com diversos tipos de lixo e depositam
na usina de tratamento, que é na verdade
uma grande fabrica, com diversos setores, separados por tipo de lixo, onde, se inicia o processo
com a triagem e reciclagem, e no caso de
eletrônicos, a separação dos metais como: ouro, cobre, bronze,
alumínio e ferro.
De
olho no
alto valor dos minérios,
está previsto para 2013, o inicio da operação da primeira usina de reciclagem de
eletrônicos do Brasil, na cidade de
Sorocaba, no interior de São Paulo, que irá realizar o processamento de metais, principalmente dos
aparelhos celulares.
Uma
parceria entre a HP, líder mundial
em TI e o Centro de Pesquisas FIT
(Instituto de Pesquisas da Flextronics)
empresa líder no ramo de eletrônicos de Cingapura que possui fabrica em Manaus, formará o grupo Sinctronics, que tem a proposta de ser
o primeiro centro de inovação em sustentabilidade ambiental para o mercado
eletroeletrônico no Brasil.
Segundo
informações da empresa, atualmente
são 250
milhões de aparelhos
celulares em uso no Brasil e 2,2 mil toneladas
de lixo eletrônico são despejados
no lixo comum a cada ano no país. A
empresa espera lucrar com o
lixo eletrônico, esperando extrair entre 200 a 300g de ouro para cada tonelada de metal,
e outros metais menos nobres como o cobre, bronze e alumínio, retornariam à cadeia produtiva. Será possível reciclar todos os tipos e quaisquer
marcas de eletrônicos. O produto que será mais reciclado dependerá da demanda
de devolução do mercado.
Empresas e
entidades ligadas ao setor de eletroeletrônicos esperam que iniciativas
como essas tragam incrementos a toda cadeia de reciclagem de eletrônicos, cujo maior problema é a falta de um
ciclo constante. Segundo dados
divulgados pelo Ministério do Meio
Ambiente, cerca de 500 milhões de
aparelhos sem uso no país estão
guardados em
residências. Em território japonês, toda loja de eletrônicos conta com uma urna para
descarte do produto, assim que uma pessoa
adquire um produto novo, um celular por exemplo, imediatamente já deposita o
aparelho antigo na urna, que é encaminhado para a reciclagem.
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