Rigor de “lei seca japonesa” aumenta segurança no trânsito do país

Não existe lugar do planeta em que o trânsito seja completamente livre de perigos, mas quando os motoristas agem de forma responsável e sabem que não têm como escapar de punições rigorosas, a segurança aumenta muito.



Se a gente andar distraído pela cidade de Nagoya pode até pensar que está em um país bem familiar, mas a lei lá é japonesa. Por isso, antes de dar o primeiro gole, o freguês tem que responder a uma pergunta:

“O senhor vai dirigir?", questiona um funcionário de um restaurante.

"Não, vou embora de taxi", responde um cliente.

E se tivesse dito que iria dirigir?

“Aí a responsabilidade é dele. A casa fez a sua parte em advertir o cliente que não poderá dirigir ao consumir bebida alcoólica”, diz o funcionário do restaurante.

Se o gerente servir álcool, sabendo que o freguês vai dirigir, pode pegar até três anos de cadeia e os amigos de farra também. Se entrarem em um carro com um motorista alcoolizado, podem acabar a noite atrás das grades.

A lei se tornou mais severa há cinco anos, depois de um acidente em que um motorista bêbado causou a morte de três crianças. O caso chocou os japoneses. Hoje, os motoristas sabem que se beberem e forem apanhados em uma blitz não tem como escapar de uma punição rigorosa.

Os policiais japoneses testam o maior número possível de motoristas. Primeiro fazem um teste rápido com um bafômetro bem simples. Se estiver tudo bem, o motorista nem perde tempo. Se houver alguma suspeita, ele vai para o carro da polícia, onde passa por um exame mais detalhado, e se for apanhado alcoolizado, a pena pode chegar a cinco anos de cadeia para os reincidentes.


Blitz da Policia japonesa é rigorosa


Os brasileiros que moram lá conhecem uma característica da polícia e da Justiça do Japão.

“Por mais que você tenha seguro do carro, seguro pessoal, se você causa um acidente com vítima, você é preso”, diz um homem.

A educação e a aplicação da lei tornaram o trânsito tão seguro que criaram estatísticas inusitadas, por exemplo: no Japão, o risco de alguém morrer em uma banheira é quase o triplo do que em um carro e bicicletas provocam o dobro de acidentes com mortes do que motoristas bêbados.


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