Prefeito de cidade russa afirma que não há gays em sua cidade

Prefeito de Sochi - Anatoly Pakhomov

Em pleno século XXI, onde o mundo todo passa por um processo de  combate a qualquer ato de discriminação, seja racial, sexual ou social, o prefeito  Anatoly Pakhomov da cidade russa de Sochi, que sediará a Olimpíada de Inverno no próximo mês de fevereiro, declarou em entrevista, que não existem homossexuais em sua cidade.

Pakhomov disse também que a homossexualidade não é aceita na região do Cáucaso, inclusive em Sochi, reafirmando que não há gays na cidade, mas não haverá nenhum tipo de impedimento para a entrada deles na cidade, todos serão bem vindos aos jogos e os habitantes de Sochi irão oferecer toda sua hospitalidade a qualquer pessoa, desde que respeite as leis russas.

No ano passado, a Rússia aprovou uma lei que proíbe o fornecimento e divulgação de qualquer material com informações sobre homossexualidade para menores de 18 anos, e que também veta associações de gays.

Ao ser indagado se os homossexuais deverão esconder sua orientação sexual em Sochi, por causa da lei contra a “propaganda gay”, Pakhomov respondeu que não.

“É problema deles, de suas vidas privadas, mas aqui no Cáucaso, onde vivemos, não é aceito. Não há nenhum gay em nossa cidade”, declarou o prefeito, membro do partido político do presidente russo, Vladimir Putin. O líder da oposição russa, Boris Nemtsov, disse que a declaração do prefeito é “ridícula” e ainda chamou a atenção para os vários bares voltados ao público gay na cidade. “Então como eles sobrevivem? Por que não vão à falência?”

Questionado sobre a declaração, o presidente Putin, assegurou que os homossexuais serão bem vindos à Sochi, contanto que “não toquem as crianças”.

A declaração do prefeito de Sochi e do presidente Putin, teve uma grande repercussão negativa mundial, afinal todos os holofotes estarão voltados para a cidade dentro de poucos dias. Uma grande nação como a Rússia contando com lideres com essa mentalidade discriminatória nos dias de hoje é inadmissível.

Em outras nações principalmente de origem islâmica, a homossexualidade é considerada crime e é punida com morte, como na Arábia Saudita, no Sudão, na Somália, na Mauritânia, no Irã entre outros.

Em algumas nações islâmicas relativamente seculares como Egito, Tunísia, Indonésia, Líbano, Kosovo, Bósnia, Albânia e Turquia há certa tolerância, sendo raros os episódios de perseguição explícita das autoridades. Porém, é dificílimo encontrar gays assumidos em todas as nações islâmicas.

O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas condena essas tais leis, pois violam o direito à privacidade garantida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. No entanto, a maioria das nações islâmicas afirma que essas leis são necessárias para a manutenção da moralidade e da virtude muçulmanas.
Na contramão da Rússia, a Turquia alterou a sua legislação para legalizar a homossexualidade, a Bósnia possui uma legislação anti-discriminação. Em vários países a homossexualidade continua a ser ilícita, porém é tolerada se não for pública.



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