Japão espera por em prática nova política para descarte de resíduos radioativos
O governo japonês
planeja revisar sua política-base para o descarte de lixo nuclear, de modo que
possa ter uma participação mais efetiva no processo de escolha de locais onde os
resíduos serão armazenados definitivamente.
O lixo nuclear precisa
passar por um tratamento adequado, em seguida ser embalado e, por fim, ficar
armazenado em locais específicos por um período, até que sua radiação tenha fim
e não ofereça mais riscos. Este período não é fixo, podendo variar de um lixo
para outro.
Os rejeitos de usinas
nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com
revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo
que varia de 50 a 300 anos.
A maneira correta de
realizar esta tarefa é dividindo os resíduos entre materiais de nível baixo e
de nível alto, classificação baseada na quantidade de radioatividade emitida.
Os resíduos de nível baixo podem ser armazenados
em locais de produção, compartimentos especiais ou enterrados. Mas os de nível
alto requerem um tratamento especial, pois precisam ser lacrados em vidros e,
posteriormente, em tambores para só então serem enterrados no subsolo.
O Ministério da Indústria afirmou que a partir
do início deste ano a pasta trabalhará em torno de propostas enviadas por um
painel de especialistas em novembro do ano passado.
O governo planeja armazenar resíduos de usinas
nucleares altamente radioativos em locais subterrâneos a grandes profundidades.
A administração tem solicitado a governos locais que indiquem locais candidatos
ao armazenamento através de uma lei que entrou em vigor em 2000.
Contudo, nenhuma municipalidade mostrou-se
interessada e o governo central ainda não garantiu nenhum local candidato.
Através da nova política, o governo planeja
delinear uma lista de locais que seriam considerados cientificamente
apropriados para o descarte, e solicitar a municipalidades relacionadas que
concordem com o projeto.
O Japão espera pavimentar o caminho para
concluir até o fim deste ano a sua busca por locais para o descarte de resíduos
radioativos.
Contudo, alguns especialistas estão chamando a
atenção do governo central para que o assunto seja tratado com mais cautela.
Eles afirmam que o público ainda não aceitou completamente a ideia de ter
material radioativo armazenado em locais subterrâneos nas localidades onde
vive.
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