A sustentabilidade e o uso indiscriminado do termo


O termo “sustentabilidade” provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer; apoiar; conservar; cuidar). É a habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.


Como podemos perceber na definição, o termo “sustentabilidade” não tem relação apenas com as questões ambientais, é muito mais abrangente, envolvendo tanto o mundo corporativo, como as organizações sociais. Mas a grande maioria dos lideres empresariais não conseguem identificar de fato o que é ser sustentável, e utilizam o termo indiscriminadamente pelo simples fato de estar na moda e associar seu nome a ações de responsabilidade ambiental.

Num primeiro momento, as empresas iniciam o debate no uso de recursos naturais, nas emissões de carbono e no uso racional da água. Em seguida, vem outra discussão, como lidar com essas questões, rever seus processos produtivos, sem afetar seus lucros.

O significado de sustentabilidade também depende de quem está falando. As pessoas começam a discutir sobre o assunto: uma quer dizer que ser sustentável é ser mais comedido no uso de recursos naturais, enquanto para outra é saber se é economicamente viável usar menos recursos.

Acredito que todos saibam o que é ser sustentável e temos consciência de que determinadas formas de agir não são sustentáveis em longo prazo. Só que as empresas vão continuar insistindo que só se tornarão ambientalmente sustentáveis se forem economicamente viáveis, isto é, se tiverem um lucro que permita que reconfigurem seus processos.

Sustentabilidade Organizacional

Atualmente, o termo sustentabilidade organizacional, que é a sustentabilidade de organizações sociais, vem sendo constantemente utilizado, pois na última década passamos por uma revolução democrática em que a sociedade civil assumiu novos papéis, dando as organizações novos desafios. Essas organizações são conhecidas popularmente como ONGs, sendo suas características principais não serem lucrativas, não serem governamentais e necessitarem de recursos doados para se sustentar.



Neste sentido, nos últimos anos, houve uma proliferação de organizações da sociedade civil, acirrando a competitividade por recursos limitados, e muitas vezes, não contando com profissionais capacitados para gerir e captar esses recursos, acabam comprometendo a sustentabilidade financeira da organização.

Termos como: sustentabilidade organizacional, sustentabilidade dos recursos humanos e sustentabilidade econômico-financeira das organizações, são cada vez mais freqüentes, nos assuntos relacionados ao terceiro setor. Mas, um grande problema é a falta de gestores capacitados para aprimorar a imagem institucional e a captação de recursos e a sustentabilidade da organização.

Enquanto isso. O termo “sustentabilidade” é cada vez mais utilizado indiscriminadamente, sendo de fato, sua essência, ainda desconhecida pela maioria dos empresários.

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