Os Desafios para o Aprimoramento do Ser Humano


Estamos vivendo em pleno século XXI, época de modernidade, tecnologia e informação. Estamos todos conectados à internet, onde ficamos informados de tudo o que se passa ao redor do mundo em tempo real.

Mas apesar de toda essa tecnologia da informação, fiquei abismado com uma série de acontecimentos que julgava impossível de ocorrer na atualidade.

O caso do monstro de Cleveland, nos Estados Unidos, onde o imigrante Porto Riquenho, Ariel Castro, manteve durante uma década, três mulheres no cativeiro, duas delas seqüestradas na adolescência, passando por uma série de atrocidades, sendo violentadas e espancadas constantemente, uma delas chegou a engravidar cinco vezes e abortou todas.

Ariel Castro, o monstro de Cleveland

Outro fato semelhante foi o do austríaco Josef Fritzl, que manteve sua própria filha no cativeiro, no porão de sua casa por vários anos, tendo tido inclusive sete filhos com ela.

Casos como esses nos remetem a era medieval, onde os guerreiros ao dominar o território inimigo, invadiam suas casas, seqüestravam as mulheres e cometiam todo tipo de abuso.

É difícil de entender o que se passa na mente dessas pessoas. São graves distúrbios que passam despercebidos aos vizinhos e amigos que jamais imaginariam que pessoas tão próximas, sejam capazes de tamanha crueldade.

Outro fato bizarro que foi matéria  da revista Veja, está sendo chamado de turismo antropológico. Na cidade chinesa de Dandong, separada da cidade norte-coreana de Sinuiju pelo rio Yalu, prospera um novo filão turístico: “Aviste a Coréia do Norte e fale com um norte-coreano”, diz a placa na entrada do porto improvisado. Meias dúzias de lanchas aguardam a chegada de fregueses em frente a um quiosque que aluga binóculos e oferece suvenires com fotos de Kim Il Sung. Biscoitos, pães e pacotes de salsicha também estão à venda, mas não se destinam ao consumo dos turistas. A vendedora explica: “Você pode atirar para eles do barco. Eles têm fome e são muito pobres. Não conhecem nenhum desses produtos.” Por cerca de 16 dólares, turistas embarcam nas lanchas, seguindo até a fronteira com a Coréia do Norte, onde mulheres e crianças ficam nas margens do ria à espera dos turistas chineses em busca de comida.

turistas chineses acenam para os norte-coreanos

As lanchas aproximam-se e os chineses começam a atirar os pacotes de salsicha comprados no quiosque.

Que cena mais grotesca, seres humanos sendo tratados como animais no zoológico. A que ponto chegou, onde foi parar o respeito, a dignidade ao próximo.

norte-coreanos ficam as margens do rio esperando os turistas jogarem comida


Casos como esses e muitos outros, a cada dia vem à tona nos chocando e fazendo com que a gente pare para pensar e refletir sobre a condição humana.

Sempre procurei seguir os ensinamentos dos meus pais que diziam para sempre fazer  o bem e respeitar o próximo. Infelizmente, a bondade e o respeito, são qualidades que andam em falta ao homem da atualidade. Por toda parte, o ser humano vive procurando os defeitos alheios, odiando e recriminando a toda gente, salientando sempre os seus aspectos desagradáveis.

Há, no homem moderno, um requinte de egoísmo, grosseria, espírito calculista e constante desculpa para todos os erros que comete.

Guardo comigo um ensinamento do filosofo japonês, Mokiti Okada, que diz o seguinte: “Há um método que nos permite avaliar o nosso progresso e aprimoramento como seres humanos. Primeiro, devemos evitar as desavenças; depois desenvolver a bondade; por fim, nos tornarmos mais corteses. Se conhecermos alguém com tais atributos veremos logo que 
é pessoa polida, estimada e respeitada por todos.”

Ele termina dizendo que a verdadeira civilização resultará do crescente numero de pessoas que agem conforme esses ensinamentos. Ser fiel às regras morais permite a formação de uma sociedade agradável, onde reina o conforto. Se tal sociedade puder ser criada, o Paraíso será uma realidade para o homem.

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