Separação dos Estados
Propostas de novas unidades federativas do Brasil
A proposta de separação do Estado
do Pará, criando-se dois novos Estados; Carajás e Tapajós foi rejeitada em
plebiscito realizado no dia 11 de dezembro do ano passado.
Segundo a proposta da Frente
Parlamentar sobre a Criação de Novos Estados, esse seria um mecanismo para conduzir a redivisão territorial do País como
forma de reduzir as desigualdades socioeconômicas e favorecer o desenvolvimento das regiões menos
assistidas pelo Poder Público.
O lado desfavorável à criação de
novas unidades se concentra nos altos custos. Os gastos são gerados pela
instalação de uma sede de governo, uma assembléia legislativa, secretarias
estaduais, entre outros. Além do custo de instalação, também cria-se um gasto
anual entre salários e custeio que chegam a R$ 30 milhões para cada novo
estado.
Do outro lado do mundo, no Japão, o governo fez justamente o inverso;
uniu dois municípios.
Em abril de 2003, a cidade de Shimizu é
incorporada à cidade de Shizuoka, capital da província de mesmo nome,
tornando-se um distrito da cidade de Shizuoka.
Shimizu não era uma cidade
pequena, sua população é de aproximadamente 241 mil habitantes. Possui um
grande porto, sua economia é diversificada nas áreas da agricultura, pesca,
indústria pesada e comércio. Outro grande atrativo de Shimizu é o time de
futebol, o “Shimizu S-Pulse”, que integra a primeira divisão do futebol japonês.
A junção das cidades visa fortalecer
o agora distrito de Shimizu, reduzindo os gastos públicos e melhorando os
sistemas de saúde, saneamento básico, transporte público e na conservação das
estradas vicinais do distrito. Contando com uma grande estrutura nesses
serviços, Shizuoka terá a incumbência de melhorar a qualidade do serviço
público de Shimizu. Em compensação, a arrecadação de impostos irá crescer
consideravelmente, pois Shimizu conta com grandes indústrias de diversas
atividades.
Quem não deve ter gostado da
mudança foram os políticos locais; prefeito e vereadores perderam suas vagas.
Os funcionários da prefeitura foram remanejados para outros órgãos da
administração de Shizuoka, e uma pequena parte permanecer na agora
administração regional do distrito de Shimizu.
São os contrastes entre os dois
países. Enquanto um quer separar, o outro prefere a união.
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