A Crise da Água

No século passado, a possibilidade de escassez de água era uma coisa que ninguém imaginava. Mas os anos foram se  passando e a população  mundial aumentando, mais indústrias, mais irrigação nas lavouras, gerando maior consumo e principalmente maior desperdício de água.


Segundo a ONU, cerca de 80 países, hoje enfrentam problemas de abastecimento, mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a fontes de água de qualidade. Somente 3% da água do planeta é  própria para o consumo, o que não é suficiente para toda população.

 Para evitar a crise da água, serão necessários grandes investimentos em produção, tratamento, fornecimento de águas e tratamento de esgotos. Também teremos de evitar principalmente o desperdício, interromper os processos poluidores e criar novas maneiras de captação, controle e distribuição.


A população tem um papel de suma importância no processo  de economia de água, evitando desperdício com pequenas mudanças no cotidiano  em suas casas. No Brasil se gasta cerca de cinco vezes mais água do que o necessário. Nosso consumo é cerca de 200 litros por dia por pessoa, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda gastos de 40 litros por dia por pessoa.

Vários países têm adotado programas  de conscientização e medidas especificas  para diminuir o desperdício de água.  O Japão reutiliza cerca de 80% de toda água destinada a indústria. Nos condomínios, hotéis, hospitais, a água que vem dos chuveiros e banheiras segue por uma tubulação até  chegar a um pequeno reservatório e assim reabastecer os vasos sanitários.

Ainda no Japão, toda água usada nos lava rápidos é reaproveitada, seguindo para um reservatório onde é feito a filtração e novamente  utilizada.

Na cidade do México, o governo substituiu três milhões e meio de válvulas de descarga por vasos sanitários com caixa acoplada de 6 litros por descarga, resultando numa redução de consumo de 5 mil litros de água por segundo.

Na maioria dos países já existe consenso a respeito da cobrança da água bruta – aquela que é captada sem tratamento, diretamente de rios, lagos ou represas. Há anos a França implantou essa política, cobrando a água bruta usada em irrigação, uso doméstico e industrial e, assim, tem minimizado seus problemas. O Japão cobra caro por toda a água tirada de seus reservatórios, tornando o  reaproveitamento quase uma obrigação. Vale lembrar que na maioria dos países, inclusive no Brasil, paga-se pelo serviço de fornecimento da água, não pela água em si.

A idéia da cobrança já circula  por aqui. O Fórum Nacional de Comitês de Bacias, que reuniu a população, instituições governamentais e não-governamentais, concluiu que está na hora de pensar na cobrança da água, de fiscalizar mais e punir com rigor os poluidores. Ficou estabelecido também que o dinheiro arrecadado com cobranças e multas deverá ser revertido em favor das bacias hidrográficas, focando investimentos  na despoluição e na instalação de redes de esgotos.

O problema da escassez de água é urgente, programas de conscientização são necessários em curto prazo. O uso racional da água tem que ser visto como fator urgente e prioritário. Além disso, as empresas têm que estar atentas à implantação dos modernos sistemas de reuso de água.

A água de reuso pode ser utilizada para muitas funções, tais como:

Irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos sanitários, lavagem de veículos, lavagem de ruas, uso industrial na refrigeração e alimentação de caldeiras.

No nosso dia-a-dia, podemos ajudar na economia de água, fechando a torneira ao escovar os dentes, reduzindo o tempo de banho, e ao lavar o carro ou a calçada, não deixar a mangueira aberta, evitando o desperdício.








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