O Imposto Sobre o Consumo no Japão
No Japão, existem atualmente
50 tipos diferentes de impostos. O nome e a quantia da tributação dependem da
natureza e propósito da atividade que é taxada, tais como, renda, transferência
de propriedade, consumo e transações, entre outros.
Os impostos são tributados
pelos governos nacional, provincial e municipal.
O imposto nacional,
tributado pelo governo e o imposto local, coletado pelos governos provinciais e
municipais. O imposto nacional inclui imposto de renda, imposto empresarial,
imposto sobre a herança, imposto sobre o consumo, etc. O imposto local está
dividido em imposto arrecadado pelas províncias (imposto provincial, imposto
sobre automóveis, consumo regional, etc.)
O imposto tributado pelo
município inclui o imposto do cidadão, imposto de bens fixo, imposto sobre
automóveis de pequeno porte, etc.
Dentro do imposto local, há
o imposto municipal e provincial que são coletados juntamente. Estes impostos,
que chamamos de imposto residencial, são constituídos pelo valor per capita,
independente do valor da renda, será tributado a todos os contribuintes pelo
valor do calculo baseado na renda do ano anterior.
Imposto
sobre o Consumo
Todas as compras efetuadas
em território japonês, são taxadas em 5
% sobre o valor da compra, é o famoso imposto sobre o consumo. Você entra no supermercado e pega uma latinha de refrigerante que custa 100 yenes, mas na hora de pagar, irá desembolsar 105 yenes. No cupom fiscal está discriminado o valor da compra, o valor do imposto e o total a pagar.
% sobre o valor da compra, é o famoso imposto sobre o consumo. Você entra no supermercado e pega uma latinha de refrigerante que custa 100 yenes, mas na hora de pagar, irá desembolsar 105 yenes. No cupom fiscal está discriminado o valor da compra, o valor do imposto e o total a pagar.
Algumas transações não
sofrem taxação, como por exemplo: compara e venda de terrenos, compra e venda
de ações, pagamento de despesas médicas, serviços de bem estar social, etc.
O imposto sobre o consumo
foi instituído em 1989, durante a gestão do Partido Liberal Democrático, o PLD,
com a taxa de 3%, que era baixa comparada com a de outros países desenvolvidos.
Na época, a população reclamou, manifestando-se contrária à criação de mais um
imposto, mas com o país passava por um momento de grande crescimento econômico,
acabaram aceitando os argumentos do governo.
O PLD, ainda no governo em
1997, elevou a taxa para 5%. A conseqüência da medida veio nas eleições do ano
seguinte, quanto o partido teve uma grande derrota na Câmara.
O atual primeiro ministro,
Yoshihiko Noda do Partido Democrata, pôs em jogo seu trabalho e decidiu dobrar
a taxa de consumo para 10%. O projeto prevê aumentar para 8% em abril de 2014 e
em outubro de 2015 atingir 10%, alegando que o sistema de seguridade social pode
entrar em colapso, se não for tomada essa medida.
Neste domingo, dia 16 de
dezembro, os japoneses foram às urnas para as eleições da Câmara do Parlamento
e vimos o impacto causado pelo recém aprovado aumento do imposto de consumo.
Como das outras vezes, os eleitores se mostraram altamente contrários a medida
e o Partido Democrata teve uma derrota esmagadora, ficando com menos de 2/3 das
cadeiras. O índice de comparecimento às
urnas também caiu muito em relação às eleições anteriores, somente 59,32% dos
eleitores que se cadastraram para votar, compareceram.
Com o resultado negativo, o
primeiro ministro Noda, analisa até mesmo a hipótese de renunciar antes do fim
do seu mandato.
Assim como outras nações
desenvolvidas, a sociedade japonesa está envelhecendo rapidamente e não há
meios para pagar as despesas com aposentadoria.
O Japão gastou com
seguridade social mais de um trilhão e 200 bilhões de dólares no ano fiscal de
2010, ou seja, 3,6% a mais em relação ao ano anterior. Porém, as receitas
provenientes dos seguros sociais continuam iguais.
Alguns japoneses argumentam
que não podem suportar mais taxas. Mais de um milhão e meio de japoneses vivem
de auxílios de subsistência. É o maior nível nunca registrado anteriormente.
Contudo, o primeiro ministro diz que o governo necessita pagar suas contas e o
dinheiro tem que vir de algum lugar.
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