A dificuldade em separar o lixo reciclável
Todo mundo já deve ter visto
espalhado em algum ponto da sua cidade, lixeiras seletivas, aquelas lixeiras
coloridas para separar diferentes tipos
de lixo. Mas na realidade o que presenciamos é que ninguém separa nada, a única
preocupação é se livrar do lixo. Isso tudo
deve-se a falta de informação e de campanhas para conscientizar a
população a separar o lixo corretamente.
Na verdade, os únicos que se
preocupam em separar o lixo, são os catadores de recicláveis, no entanto, a
iniciativa visa apenas o lucro, pois é seu meio de subsistência, e o que
interessa a eles é a latinha de alumínio, plásticos e papelão, e o restante
fica tudo amontoado e misturado, a
espera dos caminhões da coleta urbana.
Fazendo uma pequena pesquisa
com algumas pessoas, vizinhos e parentes, todos se dizem dispostos a separar o
lixo em suas casas, mas não o fazem por não saberem a forma de fazer a seleção,
e por não haver na sua cidade um serviço de coleta seletiva, então pra que
separar se no final vai tudo pro mesmo lugar.
Reduzir
o lixo
Se o lixo é um problema
o melhor resíduo que existe é o que não
foi gerado, pena que é impossível viver sem produzir restos, mas é possível
diminuir a quantidade produzida.
Ao repensar a relação que
temos com as sobras do lixo doméstico, podemos identificar situações em que outra
conduta fará enorme diferença no volume de lixo gerado. Quando fizer compras no
supermercado o consumidor pode escolher produtos que venham com menos embalagens ou com embalagens mais resistentes e
reutilizáveis.
Também não podemos ignorar o
desperdício de alimentos. Antes mesmo de se tornar lixo os alimentos
desperdiçados já são um problema e uma vergonha nacional. O combate à miséria
brasileira é batalha de longa data e sempre se soube que o desperdício no
Brasil é imenso, provavelmente capaz de reduzir muito a fome em nosso país.
Reciclar
e Reutilizar
Quanto aos materiais que
podem ser reciclados, eles esbarram em grandes dificuldades. Cada material deve
ir para uma fabrica diferente, o que demanda um esquema de separação anterior à
coleta. Além disso, nem todas as regiões possuem fabricas que façam a
reciclagem de todos os materiais e aí nem sempre adianta separar.
Devido a essas dificuldades
torna-se complicado implantar no país o programa dos “três erres” (3 R), que
significa, reduzir, reutilizar e reciclar.
É comum que a venda dos
materiais não cubra os custos da coleta seletiva e a Prefeitura pode achar que
o estímulo à reciclagem não compensa. Por isso é fundamental que o órgão
público encare a coleta seletiva de materiais recicláveis não só pela questão
econômica, mas como um beneficio social e ambiental para toda a sociedade. Se
fizer a coleta seletiva integrada a um importantíssimo sistema de gerenciamento
de resíduos, todos os benefícios (sociais, ambientais e econômicos) serão muito
maiores.
Esse sistema é a maneira
mais completa de lidar como o lixo tóxico, lixo orgânico, aterro sanitário,
lixão, impactos da coleta e da disposição, custos, questões de saúde publica e
de emprego. Fundamentalmente, cabe ao poder publico pensar na logística, na
destinação dos resíduos recicláveis e, sobretudo, na conscientização das
pessoas, afinal, a coleta seletiva não significa simplesmente instalar lixeiras
coloridas pela cidade.
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