O Destino do “LIXO”

As questões envolvendo o destino do “lixo”, ainda são muito discutíveis, não há consenso entre o destino correto, se a melhor solução são  os aterros sanitários ou os incineradores.

No Japão, todo o lixo que não pode ser reaproveitado é destinado a incineração. A pratica é muito antiga principalmente em áreas onde não há muito espaço físico, mas  o  principal problema oriundo desse processo é a poluição  do ar  devido aos gases liberados durante a combustão e a resíduos que passam pelos filtros e não  são  capturados, mas esses transtornos são, em sua maioria, gerados por mão de obra desqualificada e não como  conseqüências diretas do  processo.

A incineração controlada acontece em equipamentos  denominados incineradores, nos quais, o  material é  queimado a temperaturas acima de 900° C. utiliza-se uma quantidade apropriada de oxigênio para se conseguir uma combustão adequada do  lixo a ser incinerado.

A principal indicação para realização da incineração é a eliminação  de material perigoso (material   hospital  e  tóxico,por exemplo). Como a incineração  acontece em geral, em usinas de incineração,  o  calor dissipado durante o  processo é utilizado em diversas atividades, principalmente  na produção de  energia elétrica. O que vem ocorrendo frequentemente em diversas áreas do  Japão, após o desastre nuclear  de Fukushima. O país tem investido na queima de lixo como  fonte energética alternativa.


Ao mesmo tempo em que produz eletricidade, a usina irá reduzir a quantidade de lixo e economizar energia ao deixar de usar máquinas que queimam as cinzas e produtos  químicos para o serviço.  O investimento deverá suprir a demanda de cerca de  30 mil domicílios.

Mogi das Cruzes na vanguarda do tratamento de lixo

O prefeito  da cidade de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli assinou, nesta terça-feira (24/04/2012), o primeiro documento que coloca Mogi das Cruzes na vanguarda do tratamento e disposição final de resíduos sólidos, enterrando por definitivo qualquer risco de a região de Mogi das Cruzes receber um aterro sanitário. O melhor e mais adequado tipo de empreendimento para a região será definido pela Sabesp. A reunião que estabeleceu a parceria ocorreu no Palácio dos Bandeirantes e contou com a presença do vice-governador, Guilherme Afif Domingos, além dos prefeitos de Arujá, Biritiba Mirim, Guararema e Salesópolis, que também farão parte deste consórcio.

“Participamos hoje de uma reunião histórica. A questão da destinação dos resíduos sólidos vem sendo discutida há muito tempo na região e hoje assinamos uma parceria com a Sabesp que colocará o Alto Tietê na linha de frente desta área, com a implantação de tecnologia moderna e uma destinação ambientalmente correta”, afirmou Bertaiolli logo após a reunião. O prefeito lembrou que o próximo desafio do município será aprovar o Plano Diretor de Resíduos Sólidos e a legislação específica para o setor.

Entre as propostas a serem analisadas, destaca-se a usina de incineração e geração de energia - modelo mais avançado e de menor custo até mesmo que um aterro. A Sabesp será a encarregada de elaborar o estudo final de viabilidade e a modelagem completa de unidade para o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos urbanos, utilizando tecnologia com garantia de desempenho e operação comprovadas.

A estatal paulista possui modelos de usinas que permitem a queima de resíduos sólidos sem poluição ambiental, ao mesmo tempo que geram energia para venda a empresas locais. A estimativa da Sabesp é de que os cinco municípios consorciados produzam cerca de 400 toneladas de lixo por dia. Uma projeção para os próximos 20 anos permite deduzir que uma usina com capacidade para 500 toneladas/dia seja ideal para o grupo - com possibilidade de ampliação posterior da planta.

“Esta é a solução para um problema que vem se arrastando por mais de 20 anos. Somos um pólo de região, um município responsável pelo armazenamento e abastecimento de águas da Região Metropolitana do Estado de São Paulo. Portanto, temos a obrigação de buscar com responsabilidade a solução definitiva para o tratamento dos resíduos”, destaca Bertaiolli, responsável pela aglutinação dos cinco municípios do Alto Tietê no consórcio, um modelo que também pode ser considerado pioneiro quando o assunto é resíduo sólido.

Bertaiolli frisou que assuntos como este exigem soluções em grupo por parte dos municípios: "Estamos ultrapassando a marca de mais de 1,5 milhão de pessoas com as fronteiras praticamente encostadas na Capital, portanto, os assuntos devem ser discutidos de forma regionalizada, sempre de forma responsável, visando o desenvolvimento sustentável e uma postura de estar à frente dos problemas de forma transparente”, disse o prefeito. 

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