Eu lavo meu lixo reciclável


Quem tem o hábito de lavar o lixo doméstico antes de destiná-lo à reciclagem está gastando água com algo desnecessário, explicam os pseudo-especialistas em reciclagem de lixo.

Eles dizem que - lavar itens como caixas de leite, potes de iogurte, garrafas PET ou de vidro para retirar restos de alimentos não ajudam no processo de reciclagem e gera mais esgoto – que muitas vezes não é coletado e tratado.

É claro que em tempos de escassez de chuvas e racionamento de água, temos que evitar o desperdício, mas passar uma água nos objetos irá facilitar muito o trabalho das pessoas que manuseiam esses objetos, que estão expostos a todo tipo de contaminação por vírus que se encontram no interior dos recipientes.

Segundo esses especialistas, a melhor maneira de preservar o lixo reciclável dentro de casa de maneira higiênica (sem uso de água), até que passe o caminhão para recolher, é guardá-lo em recipientes fechados, mas o problema é que a coleta seletiva ainda não funciona na maioria das cidades, e nas regiões onde há coleta de recicláveis o caminhão passa somente uma vez por semana. Com as altas temperaturas dos últimos dias, deixar esses objetos sem lavá-los irá gerar mau cheiro e proliferação de insetos.

Em casa, costumo adotar o seguinte procedimento que aprendi com o modelo japonês de separação de lixo que é uma referência mundial, mesmo sabendo que provavelmente o  lixo vai para o mesmo lugar, faço isso para facilitar a tarefa dos coletores.



Lavamos as embalagens de leite e cortamos, deixando abertas com forma de uma folha de papelão para serem acondicionadas sem fazer tanto volume.

Nas garrafas Pet também passamos uma água, retiramos o rótulo e a tampinha e separamos como lixo plástico e depois amassamos a garrafa para diminuir o volume. Após esse processo, acondicionamos esses objetos em um saco de lixo, permanecendo até o dia da coleta, tudo limpo, sem cheiro e sem insetos por perto. Uma atitude simples, que não é nenhum desperdício de água como disseram os especialistas no assunto, pois em uma família com quatro integrantes, você vai lavar uma ou duas embalagens de leite e refrigerante por dia.



A falta de informação e campanhas do governo para se adotar práticas de separação do lixo, ainda gera muito desperdício. Milhares de materiais que poderiam ser reciclados acabam misturados ao lixo comum e vão parar nos aterros sanitários, pois segundo o governo federal, dos 5.564 municípios brasileiros, somente 766 fazem coleta seletiva.

Segundo alguns institutos de pesquisa, a maioria dos brasileiros se diz propensa a adotar medidas para separar o lixo em suas residências, mas não fazem por desconhecer o modo correto de fazer a separação ou porque não há coleta seletiva na sua cidade.



Nos países onde existe uma política séria no destino do lixo, aprende-se na escola desde pequeno a separar o lixo corretamente. Aqui no Brasil se ao menos houvesse uma campanha de orientação para  separar o lixo orgânico do lixo seco (que pode ser reciclado) já seria um avanço enorme, evitando que milhões de reais vão parar nos lixões, afinal a reciclagem é um mercado que gera um grande faturamento.




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