Vítimas do Tsunami ainda vivem em abrigos temporários

alojamentos construídos para as vítimas do tsunami

Aproximadamente, 300 mil pessoas do nordeste do Japão continuam vivendo em abrigos temporários, mais de dois anos depois que o grande terremoto e tsunami devastaram suas comunidades. Muitos sentem uma frustração pela demora dos esforços de reconstrução. 

Casas temporárias rudimentares pontuam uma parte da paisagem na cidade de Yamada, província de Iwate, uma das regiões gravemente afetadas pelo desastre. Cerca de um quarto dos 17 mil residentes desta cidade vive em abrigos temporários. Entre eles está Hideo Karino, de 65 anos, e sua esposa Mariko. Desde 2011 eles vivem no espaço limitado da moradia, que têm o teto baixo e paredes finas, que não oferecem muita proteção contra o frio ou o calor. Segundo Karino, a casa fica extremamente quente no verão e muito fria no inverno. Ele diz que se sente encurralado.

O primeiro ministro, Shinzo  Abe colocou a reconstrução entre suas prioridades. Durante o seu governo os gastos com esse objetivo aumentaram cerca de 30%, para 250 bilhões de dólares. Mas as pessoas no nordeste do Japão que perderam suas casas sentem-se frustradas, dizendo que o processo de reconstrução está sendo muito lento.

abrigo na cidade de Yamada

Muitas pessoas na cidade de Yamada não podem construir suas residências onde elas ficavam. As autoridades municipais estão transferindo comunidades para lugares mais altos para evitar estragos no caso de tsunamis no futuro. Para isso, as autoridades precisam construir novos lotes residenciais removendo montanhas e aterrando outras regiões. Dizem que as construções só poderão começar dentro de pelo menos dois anos. Karino quer que os lotes fiquem prontos mais depressa. Ele explica que alguns idosos já morreram nas residências temporárias.

Karino não sabe como vai conseguir pagar pela reconstrução de sua casa. O tsunami destruiu a companhia de restauração de barcos onde ele trabalhava, além dos portos e muitos barcos. 

Atualmente Karino tem apenas um trabalho temporário. Ele também poderá receber cerca de 50 mil dólares em assistência pública. Contudo, o preço médio nacional de uma residência no Japão é quase quatro vezes aquela quantia. Ele e sua esposa querem que os políticos saibam que as pessoas do nordeste do Japão estão desesperadas para voltar a viver como antes.

Karino diz que gostaria que todos os partidos políticos se reunissem para ajudar a reconstruir mais rapidamente as comunidades atingidas pelo desastre, para que todos possam viver em suas próprias casas outra vez. 

Fonte: NHK WORLD

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