Reflexos da catástrofe no Japão

Neste dia 11 de março, completa um ano  do grande terremoto seguido de tsunami que devastou a região norte do Japão, que por consequência atingiu a usina nuclear de Fukushima, ocasionando a explosão dos reatores contaminando toda a região.

O Japão é um dos países que mais se investe em treinamento contra desastres naturais. São realizados palestras e treinamento em escolas, indústrias, condomínios residenciais e vários programas especiais na televisão.
treinamento para terremotos nas escolas

Mas tudo isso de nada adiantou frente à força da natureza, que veio de forma devastadora, pegando a população de surpresa, deixando todos inertes e sem reação.

As consequências da catástrofe foram gigantescas, milhares de mortos e desabrigados, cidades inteiras destruídas, e agora passado um ano lutam pra a reconstrução, mas contam com muitas dificuldades, principalmente a falta de mão-de-obra, pois com o acidente na usina nuclear e a consequente contaminação radioativa, milhares de moradores migraram para outras regiões, e quem permaneceu sofre com a falta de estrutura e pouca informação por parte do governo em relação à segurança e o perigo de uma contaminação radioativa se perpetuar. Atualmente o governo afirma que os níveis de radioatividade estão dentro dos limites aceitáveis, mas existe muita desconfiança por parte da população.

A tripla tragédia, segundo dados da polícia japonesa, deixou um saldo de 15.853 pessoas mortas - maior perda de vida num desastre no Japão desde a Segunda Guerra Mundial. Outras 3.283 pessoas foram dadas como desaparecidas.

A policia vem desempenhando papel nunca antes imaginado como, fazer a medição da radiação nos arredores da usina e também vigiar todo o complexo nuclear para evitar ataques dos “terroristas nucleares” como são chamados os  ativistas contrários a instalação das usinas nucleares.
O desastre em Fukushima colocou em xeque o processo de recuperação da imagem da energia nuclear como uma fonte segura e confiável. Esse fato gerou sérias dúvidas sobre a consistência da politica energética de vários países que contavam com essa fonte para fazer face ao atual contexto energético e o crescente desequilíbrio entre a oferta e a demanda de energia e de crescente restrição ambiental ao uso dos combustíveis fósseis.


O impacto desse acidente sobre a opinião pública foi muito desfavorável à expansão dessa fonte de energia despertando respostas politicas que apontaram na direção da reavaliação dos planos de construção de novas usinas ao redor do mundo, buscando novas alternativas de fonte de energia renováveis, cujos riscos econômico, industrial e tecnológico são manejáveis tanto pela burocracia quanto pelas empresas do setor.




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