Difundindo o hábito da leitura nos países em desenvolvimento


Bangcoc, a capital da Tailândia, foi designada pela Unesco como a Capital Mundial do Livro no ano de 2013. Contudo, de acordo com um levantamento conduzido em 2011 pelo Escritório de Estatísticas Nacionais da Tailândia, o tailandês lê em média cinco livros por ano.

O mesmo levantamento também foi realizado por instituições de vários países em conjunto com a Unesco. Aqui no Brasil, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Pró-Livro no mesmo ano de 2011.

Segundo a pesquisa, o brasileiro lê em média 4 livros por ano, número abaixo dos vizinhos, Argentina, que lê 6 livros por ano e o Chile com 5 livros por ano, números ainda muito abaixo de Estados Unidos com 10 livros, Espanha com 11, França e Japão com 12 e a Noruega com a média de 16 livros por ano, contando ainda com um número impressionante de 96% da população, apreciam o hábito da leitura.

O baixo índice dos países em desenvolvimento despertou preocupações sociais e demandas por uma melhora urgente na situação.



Na Tailândia, por exemplo, muitas atividades e campanhas foram realizadas pelos setores público e privado a fim de promover a leitura de livros.

A leitura nunca fez parte da cultura tailandesa. Ela é diferente de outros países da Ásia, como a China e Japão e países ocidentais onde o hábito de ler é incentivado desde a infância. Este hábito significa que a leitura é um estilo de vida, um modo de se adquirir conhecimento.

Uma das razões pelas quais a leitura não faz parte da cultura tailandesa é devido ao país ser uma sociedade estritamente agrícola onde se aprende na prática os métodos de trabalho, principalmente a cultura do arroz, atividade predominante no país.

Outro fator que desestimula o hábito de ler não só na Tailândia, mas como nos outros países onde o índice de leitura é baixo, é a falta de tempo. O excesso de trabalho e de outras atividades domésticas são argumentos citados na pesquisa para não haver tempo para leitura.

Já nos países campeões de leitura, qualquer tempo livre é reservado para ler um livro. No Japão, por exemplo, é só entrar em um vagão de trem ou metrô ou de um ônibus, que se observam várias pessoas lendo um livro, na espera pelo atendimento em um banco ou outro órgão público, também se vê muitas pessoas lendo. No horário do almoço, nos inúmeros parques, jardins e praças também é grande o número de pessoas lendo livros.



Mesmo que não exista o hábito da leitura, ler é muito importante nos tempos modernos. Ler nesse caso não diz respeitos à literatura, mas sim à leitura que seja um canal para o desenvolvimento de habilidades intelectuais, como o pensamento crítico e imaginativo.

Para difundir a leitura entre os países em desenvolvimento, em primeiro lugar é necessário que se entenda a importância da leitura que amplie o potencial de raciocínio e imaginação do leitor. O incentivo pode ser feito da maneira correta se essa importância for entendida.

Em segundo lugar, ler precisa ser divertido. A leitura deve encorajar o relacionamento social especialmente entre os mais jovens, que não gostam de ler. Pesquisas mostram que os jovens ficam mais interessados em ler quando tem a oportunidade de debater e trocar opiniões a respeito do que leram.

Divertindo-se com a leitura faz com que eles leiam mais e no final pode fazer com que eles entendam a importância da leitura. O hábito da leitura pode ser cultivado por meio destas práticas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Estrangeiros contam as dificuldades de ter uma esposa japonesa

Japão é campeão de reciclagem de latas de alumínio

O que fazer com as casas abandonadas no Japão