Água do Japão beneficiará população rural no Camboja


A Unesco, promove neste ano de 2013, o Ano Internacional de Cooperação pela água.

A principal tarefa que a comunidade internacional enfrenta hoje no campo dos recursos hídricos é a transformação de obrigações assumidas em ações concretas que devem ser implementadas para beneficio das pessoas, dos ecossistemas e da biosfera de maneira geral.

Criar oportunidades de cooperação na gestão da água entre todas as partes interessadas, bem como aprimorar a compreensão sobre os desafios e os benefícios da cooperação pela água, são ações que podem ajudar  na construção de respeito, entendimento e confiança mútuos entre os países, e também na promoção da paz, da segurança e do crescimento econômico sustentável.

A Federação Nacional das Associações da Unesco no Japão, promove ajuda humanitária a praticamente todos os países do continente asiático.

A Federação mantém um projeto no Camboja que oferece assistência médica e educacional. O projeto da entidade denomina-se, Movimento Mundial Terakoya.

Terakoya era como se chamavam escolas para plebeus na Era Edo -  período da história japonesa entre os séculos 17 e 19. A federação tem hoje escolas Terakoya em Siem Reap, uma das principais cidades do Camboja.

Graças a uma parceria entre a Federação da Unesco no Japão, e a empresa privada Toyama Kankyo Seibi, que produz água engarrafada na província de Toyama através de seu projeto de atuação social, firmaram um convênio utilizando a rede de escolas Terakoya que se estabeleceu no Camboja para suprir a necessidade de água engarrafada às escolas e também aos quatro hospitais da mesma província.



No inicio do mês de Outubro, a federação envio o primeiro lote contendo 5.400 caixas de água engarrafada – no total, 130 mil garrafas, partindo do Porto de Toyama.

Há uma grande quantidade de hotéis no centro de Siem Reap, localidade que atrai mais de dois milhões de turistas a cada ano. As áreas urbanas têm sistema de água encanada, com um abastecimento satisfatório. No entanto, a maior parte da população vive em áreas de cultivo agrícola ou de criação de animais, atividades que dependem de água de poços artesianos. Como a população rural não está capacitada a escavar poços profundos, os poços existentes ficam sem água na temporada de estiagem. Vêem-se com frequência moradores locais que consomem uma água barrenta ou com uma cor de tom amarelado. As crianças quase sempre sofrem de diarreia ou algum tipo de doença infecciosa. O privilégio de beber água limpa, potável, é uma questão de vida ou morte. Além disso, hospitais empregam água encanada para realizar cirurgias e são afetados também pelo abastecimento precário na estação seca.



O objetivo do convênio é assegurar que 1,5 milhão de garrafas sejam entregues a crianças e pacientes que delas necessitam nos próximos três anos. No entanto, não termina aí o trabalho da Federação Nacional das Associações da Unesco no Japão. A meta principal é garantir o suprimento de água potável em longo prazo. A entidade quer colaborar com o trabalho de estabelecimento de um sistema de purificação de água nos quatro hospitais aos quais supre o recurso. A federação vai instalar equipamento de filtragem nas escolas Terakoya para beneficio da população local.

Ações como essas, devem estimular muitas outras em diversas localidades onde o abastecimento é deficitário, estimulando também ações colaborativas e compromissos políticos. Promover uma cultura de consultas e aumentar capacidades participativas são ações que poderão ocasionar benefícios em todas as áreas, incluindo a gestão colaborativa de recursos hídricos.

A história tem mostrado que a natureza vital da água doce é um grande incentivo para a cooperação e o diálogo, obrigando as partes interessadas a se reconciliarem, até mesmo nos pontos de vista mais divergentes. Frequentemente, a água une mais do que divide as pessoas e as sociedades.



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