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Lixo - Rejeitado aqui, cobiçado lá fora

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Se a reciclagem de lixo não deslancha no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, o panorama é bem diferente na Europa, onde há sistemas que funcionam com eficiência há mais de 20 anos. Dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) mostram que a média de reciclagem de embalagens de papel, plástico, alumínio, vidro, madeira e metal nos 12 países mais populosos do bloco chegou a 60% em 2009 — última parcial divulgada. A Bélgica lidera o ranking, gerando 1,64 milhão de toneladas dessas embalagens e reciclando 1,29 milhão, um aproveitamento de 79,07%. Holanda (74,86%), Alemanha (73,43%), República Tcheca (68,83%) e Itália (63,97%) completam a lista dos mais eficientes. Na outra ponta, Grécia (43,82%) e Romênia (40,47%) apresentam percentuais mais baixos. A maior economia do mundo também atinge bons percentuais. Os Estados Unidos recuperaram 46,3% de suas embalagens em 2010, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental. O país produz, anualmente, 200 milhões de tone

O passo a passo da coleta de lixo que ainda engatinha

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O carioca que quiser participar da coleta seletiva de lixo precisa de zelo e disciplina. Em primeiro lugar, o caminhão só passa uma vez por semana em cada rua. E só recolhe os recicláveis — plásticos, papéis/papelão, alumínio e vidro — depositados em sacos transparentes, medida que visa a garantir que restos de comida não estão misturados ao material que vai virar insumo para indústrias. Ao acompanhar a coleta seletiva, observa-se apenas alguns poucos desses sacos dispostos nas ruas de Santa Teresa. Às 8h30m, o caminhão saiu da gerência da Comlurb em Botafogo.   A viagem segue pelas ruas Monte Alegre, Riachuelo, Almirante Alexandrino e Dr. Júlio Otoni. Às 11h, o caminhão, com cerca de 2 toneladas de recicláveis (um quarto da capacidade) entra na Usina do Caju, para pesar. — O caminhão está vazio. Na Tijuca, por exemplo, a quantidade de material que a gente pega é bem maior — diz o motorista do caminhão, Marcelo Bonomeddi, de 39 anos. Depois de 150 minutos e 27 quilômetros, a máqui

Ineficientes, usinas de reciclagem de lixo desperdiçam milhões

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Usina da Comlurb em Jacarepaguá Mesmo se toda a população do Rio participasse da cruzada pela reciclagem, a Comlurb não estaria estruturada para tanta demanda. Das três usinas de separação de lixo, que custaram aos cofres públicos R$ 79 milhões, uma foi desativada, outra funciona com um terço de sua capacidade e a terceira opera precariamente. Inaugurada durante a Rio-92, com pompa e circunstância, a usina de triagem do Caju sempre foi uma dor de cabeça para os gestores ambientais da prefeitura. Segundo a atual administração da Comlurb, o Rio comprou gato por lebre: a tecnologia francesa já estava defasada. Usina do Caju, uma constante dor de cabeça A usina do Caju teria dupla função: a de compostagem (processo de transformação da matéria orgânica em fertilizante) e a de separação do material reciclável, para ser devolvido ao setor produtivo. Mas não foi o que aconteceu. — Compraram em 1992 (no governo do prefeito Marcello Alencar) uma tecnologia totalmente ultrapassada. A usi

O exemplo do Japão: lixo é um problema de cada cidadão

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A capital japonesa é uma das cidades mais limpas do mundo, mas nem adianta procurar latas de lixo nas ruas, a não ser em frente às lojas de conveniência. O lixo é um problema de cada cidadão e se desfazer dele adequadamente é lei. O certo, portanto, é levá-lo para casa e separá-lo para a coleta. A divisão dos resíduos varia de uma região para outra e pode englobar mais de dez categorias, de tampinhas a eletrodomésticos (só os pequenos aparelhos, até 30 centímetros, pois os grandes devem ser recolhidos por um serviço especial). É bastante trabalhoso. Mas funciona. Estação de Tokyo, sempre limpa O Japão é um exemplo mundial no campo da reciclagem. Em 2010, 77% dos materiais plásticos foram reciclados. A reutilização de garrafas PET chega a 72% (até 1995, não passava de 3%) e a de latas está em torno de 88%. Com 128 milhões de pessoas e pouco espaço para aterros, principalmente em metrópoles como Tóquio, o país incinera 80% do lixo que produz. Desde a década de 90, vem investindo

Rio de Janeiro sofre com os problemas do lixo

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Aterro Jardim Gramacho, considerado o maior aterro da América Latina Cidade que vai sediar a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, em junho, recicla apenas 3% de seu lixo (252 toneladas das 8.403 geradas diariamente). A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) tem participação mínima nesse percentual já diminuto: só separa 22,68 toneladas, ou 0,27%. Os outros 2,73% ficam a cargo de catadores autônomos ou de cooperativas. Com isso, o Rio — que há 20 anos foi anfitrião do maior encontro sobre meio ambiente da História — joga fora uma oportunidade de se equiparar a metrópoles como Berlim (Alemanha) e Tokyo (Japão), famosas por não desperdiçarem seus recursos naturais. Capitais européias recuperam, em média, 40% de seus resíduos. Infelizmente os cariocas ainda não têm seu lixo reciclado. Os motivos são muitos, a começar pela incipiente coleta seletiva. Desde a sua implantação, em 2002, o serviço não deslancha. Poucos cariocas têm o privilégio de receber

Japão ainda sofre impacto de acidente nuclear

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Um ano após o acidente nuclear em Fukushima, no Japão, o país ainda sofre os impactos econômicos e ambientais causados pelo desastre, e autoridades buscam respostas estratégicas para prevenir ocorrências semelhantes. Representantes do Centro de Cooperação Internacional do Fórum Atômico Industrial do Japão (Jaif-ICC) e da Associação de Pesquisa em Segurança Nuclear (Nsra) estiveram no Rio de Janeiro hoje para falar sobre as mudanças ocorridas no país após o desastre.                                                                                                                               Uma delas foi a criação de uma lei especial de biodiversidade estabelecendo as diretrizes básicas para descontaminação em caso de emergências nucleares. Em vigor no país desde o início do ano, o documento determina os procedimentos para medição do índice de radioatividade das áreas contaminadas e as condutas de coleta, transporte e armazenamento do solo recuperado. Apesar das atividades de desco

Soluções para o Trânsito em São Paulo

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Diariamente ao acessar as redes sociais, observo pessoas postando as seguintes mensagens: - estou preso no trânsito. – está tudo parado por aqui. – estou a mais de uma hora parado no trânsito. Essas manifestações são diárias e constantes, mas faço aqui uma pergunta: além de postar sua indignação nas redes sociais, o que essas pessoas estão fazendo para mudar essa situação? A responsabilidade não é única e exclusiva do Poder Público, todos devem colaborar para a melhoria do trânsito, pois a frota de veículos aumenta a cada dia e os problemas no trânsito só tendem a piorar. Dados do Detran-SP, dão conta de que em 2011 a frota de veículos em São Paulo ultrapassou os 7 milhões de veículos. Os automóveis representam 73%, os motociclistas 12%, ônibus 10% e veículos de carga 5% da frota paulista. Somente a capital paulista representa 32% da frota de todo Estado. Todos esses números explicam os constantes congestionamentos que frequentemente atingem acima dos 100 Km de lentidão. A cidade