Hidetoshi Nakata – O Beckham da Ásia
Ex-jogador de futebol Nakata |
“Eu estou sempre sendo
observado”. É essa a semelhança que o ex-jogador japonês Hidetoshi Nakata traça
entre a sua antiga carreira e o que tem feito atualmente.
Ele hoje é um ícone do
estilo. Frequenta eventos de primeira grandeza do mundo da moda e já fez
campanhas para a Calvin Klein – com
direito a estrelar, vestindo somente cueca, outdoors espalhados em todos os
cantos do mundo.
Além disso, lançou
recentemente uma marca de saquê. “N”,
o produto que leva a inicial do ex-atleta como marca, é vendido em edição
limitada e se mostra um artigo premium já a partir de sua garrafa, elaborada
pelo estúdio japonês Nendo.
Assim como ocorre com
outros ex-jogadores, Nakata não iniciou o novo hobby apenas quando deixou o
futebol de lado. Ele já caprichava no estilo quando atuava. Não à toa, aliás,
esteve sempre entre os preferidos do público feminino – tinha o apelido de
“David Beckham da Ásia”.
Nakata conta que ter
jogado na Itália (foram sete anos por lá) foi definitivo para que ele se
encantasse pelo ambiente da moda. Os italianos são apreciadores do bom estilo e
neles o ex-meio-campista teve uma grande fonte de inspiração. Hoje, ele é
figurinha carimbada nos eventos da alta costura como a semana da moda de Milão.
No
outro país em que atuou na Europa, a Inglaterra, Nakata também deixou sua
marca: lançou por lá um bar de saquê em Londres, à época em que a capital
britânica sediava as Olimpíadas de 2012.
Segundo
o ex-jogador, o principal elo que ele traça entre o futebol e a moda é a
necessidade, em ambos os universos, de se manter um bom físico. Ele define que
trajar algo que se encaixe perfeitamente em suas medidas é o primeiro (e talvez
mais importante) passo para que uma pessoa se vista bem. E, como esportista,
sempre esteve em forma – por isso, pode desfrutar das melhores peças
desenvolvidas pelas marcas.
Nakata
deixou o futebol em 2006, quando somava apenas 29 anos. O último clube foi o
inglês Bolton Wanderers. Surpreendeu muita gente quando anunciou a decisão – a
interpretação geral era a de que ele tinha ainda muita lenha para queimar
(embora já não fosse mais o destaque de antes, que jogou com o Japão três Copas
do Mundo). Segundo ele, a principal razão para deixar o esporte foi o cansaço
da rotina desgastante de atleta profissional. Ele garante que não deixou de
bater uma bola por aí – e sempre dá seus chutes por onde viaja. Entre um
desfile e um gole de saquê premium.
Fonte: GQ GLOBO
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