Como Fukushima virou um martírio atômico sem fim

O conhecimento popular diz que o tempo cura tudo. Em se tratando da usina de Fukushima Daiichi, fortemente danificada pelo terremoto e pelo tsunami de 11 de março de 2011, isso pode significar décadas: a árdua tarefa de desmantelar a central tem duração estimada de 30 a 40 anos. Devido aos estragos provocados, é difícil precisar quantas surpresas vão aparecer no caminho. Prova disso é o vazamento de água contaminada com materiais radioativos, entre eles iodo, estrôncio, césio e plutônio, que se tornou, hoje, o principal desafio da operadora, a Tokyo Electric Power Co, ou Tepco. Pouco antes, em 2012, o alarme de emergência disparava repetidamente por outro problema, o aquecimento dos reatores, já resolvido. Mas quando tudo parecia relativamente controlado, o vazamento de água veio à tona, mergulhando a usina em nova crise, que se intensificou esta semana. E uma crise difícil de resolver. O governo japonê...