Discussões sobre a mobilidade urbana
No último mês de setembro,
Mogi das Cruzes sediou o 1º Fórum de Mobilidade Urbana, que reuniu autoridades
e especialistas no assunto, visando melhorar os problemas no trânsito e os
meios de transporte.
fórum de mobilidade urbana em Mogi das Cruzes |
A prefeitura apresentou vários
projetos de obras viárias que estão em construção ou projeto, visando melhorar
os problemas de congestionamento, principalmente na ligação entre Suzano e
Mogi, que é um ponto critico nos horários de pico.
Nos últimos anos os
governantes vêm incorrendo no mesmo erro, que é priorizar o transporte
individual em detrimento ao coletivo. E Mogi vem na mesma linha, todos esses
projetos de alto custo e que demandam tempo, irão facilitar os motoristas, mas
esquecem de contabilizar o aumento significativo da frota de veículos. Em suma,
quando as obras estiverem prontas, o problema dos congestionamentos continuará,
pois o numero de veículos circulando estará bem mais elevado do que os atuais.
Para os problemas de
melhoria do trânsito no centro da cidade não há nenhuma proposta concreta, o
problema é que as autoridades sempre tocam no entrave de Mogi ser uma cidade
antiga, com ruas estreitas e cortadas por uma linha férrea.
Nas grandes cidades da
Europa e do Japão, também existe o mesmo problema de ruas estreitas por ser uma
civilização bem mais antiga que a nossa. Mas com obras e adaptações pontuais,
preservando a arquitetura original e, sobretudo contando com a colaboração da
população, que vem adotando outras formas de mobilidade urbana, como o
transporte público e as bicicletas, os congestionamentos estão diminuindo.
A comunidade européia adotou
a partir do ano de 2007 um programa denominado “Livro Verde” que é uma
exposição de novas culturas de mobilidade urbana.
Um dos grandes desafios da
cidade são os congestionamentos urbanos, que tem múltiplas repercussões:
econômicas, sociais e ambientais.
Ao contrário do que vem
ocorrendo no Brasil, a Europa investiu pesado em transporte público. O VLT
(veiculo leve sobre trilhos) foi introduzido em várias metrópoles, ganhando a
simpatia dos usuários que deixaram seus carros na garagem e começaram a usar o
VLT, que é um transporte rápido, moderno e inteligente.
Outra ação que desagradou os
motoristas no inicio, mas que se fez necessária foi a proibição de estacionar
os veículos nas ruas centrais da cidade. Uma atitude que acredito se faz
necessária também em Mogi. Proibir o estacionamento nas ruas centrais próximo
ao mercado municipal, nas ruas Prof. Flaviano de Melo, Cel. Souza Franco e
Barão de Jaceguai, seria uma forma de melhorar a fluidez do trânsito.
Na cidade de Nagoya no
Japão, essa proibição de estacionamento nas cruas também foi adotada. A
prefeitura fez algumas desapropriações e construiu diversos edifícios garagem,
e os estacionamentos particulares já existentes, firmaram um convênio com a
prefeitura para ampliação e modernização do sistema, oferecendo mais vagas, e
os valores cobrados, são os mesmos do que eram cobrados nas ruas, cabendo a
prefeitura fazer o repasse aos proprietários dos estacionamentos.
Essas atitudes, aliado a um
transporte publico eficiente, praticamente eliminou os congestionamentos na
área central da cidade japonesa.
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