Comuns no Japão, máscaras oferecem pouco mais do que proteção psicológica
![]() |
japoneses usando mascaras na saída da movimentada estação de metrô de Tokyo |
Uma das coisas que mais me
impressionou assim que desembarquei no Japão, é a quantidade de pessoas que
andavam nas ruas com máscaras. Em todo lugar se via pessoas com máscaras, nas
ruas, nos trens e metros, no trabalho, na escola. Até me acostumar com a ideia,
foi meio complicado, mas depois até comecei a fazer uso das mascaras, mesmo sem
saber se sua eficácia era comprovada.
Durante os meses de
primavera e inverno, as máscaras cirúrgicas se tornam a principal arma dos
japoneses contra o pólen e contra o vírus da gripe. Mas, será que elas são
realmente eficazes?
Para os alérgicos ao
pólen, que se espalha com o vento durante a primavera, a eficácia das máscaras
é comprovada quase que instantaneamente. No entanto, contra os vírus
invisíveis, elas oferecem pouco mais do que uma “proteção psicológica”,
dizem especialistas.
Com a propagação do
vírus assassino MERS, que já matou 23 pessoas na Coréia do Sul, a
demanda por máscaras cirúrgicas cresceu vertiginosamente, obrigando uma
fábrica no Japão, que produz máscaras com filtros especiais, a dobrar o número
de funcionários e recusar pedidos, que partem principalmente de países
asiáticos.
Enquanto as máscaras
japonesas com filtros especiais, que custam até ¥9,980 (R$ 250,00) a caixa com
10 unidades, oferecem garantia de proteção contra vírus infecciosos, a grande
maioria das cerca de 4 bilhões de máscaras vendidas no Japão anualmente
não são tão eficazes.
Segundo, o professor
do departamento de doenças infeccionais da Universidade de Tohoku, Mitsuo Kaku,“Usar máscaras não é
garantia de imunidade”, “Pode-se afirmar, porém, que lavar as mãos
regularmente e usar máscaras pode reduzir a propagação de microorganismos”,
completou.
Para o Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, as máscaras “impedem que grande parte
dos germes chegue até a boca e nariz, mas não são capazes de filtrar as
partículas microscópicas que são transmitidas pela tosse ou espirro.
Desde o início do século
20, cobrir o rosto com uma máscara é uma questão de educação e etiqueta no
Japão. Uma pesquisa realizada pela Kobayashi Pharmaceutical, mostrou que 70%
dos japoneses acreditam que usar máscaras quando se está com resfriado ou
gripe é apenas uma questão de boas maneiras.
Fonte: IPC Digital
Comentários
Postar um comentário