O fim das sacolinhas plásticas
O
combate às sacolas plásticas ao redor do mundo
Neste
dia 25 de janeiro de 2012, os supermercados do Estado de São Paulo, não irão
mais distribuir sacolas plásticas aos consumidores. A iniciativa é da APAS
(Associação Paulista de Supermercados) em parceria com o Governo do Estado de
São Paulo, que idealizaram a campanha “Vamos tirar o país do sufoco”. Vale
salientar que a medida não é lei e conta apenas com a conscientização e
colaboração de todos. Como opção os estabelecimentos irão oferecer caixas de papelão
e a venda de sacolas biodegradáveis ao
custo de R$ 0,19. Outra opção é o cliente trazer de casa sua sacola retornável.
Ações ao redor do mundo
O
combate ao uso excessivo das sacolas plásticas não é exclusividade de algumas
cidades brasileiras. Nos últimos anos, nações de todos os continentes aboliram
ou restringiram o uso ou a distribuição dos sacos plásticos em seu território.
Esta tendência vem se confirmando não somente nos países desenvolvidos, mas
também em nações pobres, como Tanzânia, Ruanda e Somália, em que a proibição do
plástico se tornou uma questão de saúde pública.
Mesmo
países que nunca se preocuparam com o problema, como os Estados Unidos e China,
tem se esforçado para acabar com os sacos plásticos em suas redes de comércio,
cada um à sua maneira.
Embora
não haja nenhum plano global ou modelo, ao longo dos anos os países foram
criando as suas próprias legislações contra o uso desenfreado das sacolas
plásticas, que vão desde leis estaduais ou federais, restrições de uso, planos
de conscientização ou até mesmo a prisão.
Um
dos exemplos de maior sucesso é o da Irlanda, que praticamente extinguiu o uso
de sacolas plásticas aplicando um tributo sobre cada unidade que é usada.
Conhecido como Plas Tax, o imposto criado em 2002 cobra uma taxa de 22 centavos
de euro por sacola utilizada e somente em seu primeiro ano de funcionamento
reduziu o consumo em 90%, praticamente excluindo o plástico no país, mesmo sem
proibir sua circulação.
As
campanhas de conscientização são uma das alternativas mais usadas, adaptando-se
a cada realidade. No Chile, na Alemanha e na Suécia, os comerciantes são
incentivados a sugerir aos clientes alternativas de substituição do plástico,
como sacolas de pano, caixas e outros materiais retornáveis. Na Somália, as
pessoas voltaram a utilizar cestas e caixas. Já na França, as empresas que
produzem sacolas biodegradáveis têm incentivos federais para produzir mais.
Na
maioria dos países americanos, a restrição ou diminuição do consumo de sacolas
plásticas tem acontecido por leis estaduais ou iniciativas isoladas.
Nos
Estados Unidos e Canadá, não há leis federais proibindo o uso de sacolas
plásticas no comércio, mas os estados têm autonomia para criar suas próprias
legislações nesta área. A cidade de São Francisco foi a primeira a proibir o
uso das sacolas plásticas nos supermercados e farmácias, em dezembro de 2007.
A
cidade canadense de Toronto elaborou cobra uma taxa de 5 centavos por sacola.
Os recursos da multa vão para desviar dos aterros sanitários 70% dos resíduos.
Programas de reciclagem, como o Bag to Bag, que recicla sacolas plásticas para
gerar novas sacolas plásticas, também estão presentes nas cidades canadenses.
O
Japão mesmo não tendo ações restritivas em relação às sacolas plásticas, aposta
em campanhas de conscientização para diminuir o consumo. Em 2010, a redução foi
de 35%. O país também tem um dos maiores programas de reciclagem de plástico e
seus resíduos do mundo.
Na
França o primeiro local do território a banir as sacolas plásticas foi a ilha
de Corsica, em 1999. Em 2010, o governo francês concedeu benefícios para a
produção de sacos plásticos biodegradáveis. A capital, Paris, baniu as sacolas
plásticas em 1997. Uma política de redução anual de consumo também vem sendo
adotada desde 2004 em todo o país.
Outros
países adotam posturas mais radicais para impedir a distribuição dos sacos
plásticos. Na Índia, os infratores são punidos com cadeia. Em Ruanda, pertences
que estiverem em sacos plásticos são confiscados.
Ações radicais para
coibir o uso da sacola plástica
A
proibição formal, uma medida adotada em muitos países, nem sempre pode barrar a
demanda crescente de plástico. Um exemplo que ilustra esta situação é o caso de
Bangladesh, que proibiu a distribuição e venda das sacolas por conta da sujeira
acumulada em seus bueiros, mas voltou atrás oito anos depois, e hoje os sacos
poluem novamente as ruas do país.
No
Brasil, embora ainda não haja uma lei nacional, capitais como São Paulo, Belo
Horizonte, Brasília, João Pessoa e Palmas já aprovaram ações que proíbem a distribuição
gratuita de sacolas plásticas nos caixas, e outras oito capitais, além dos
estados do Maranhão e do Rio, já aprovaram leis estaduais que preveem a
substituição do plástico por materiais biodegradáveis.
Cabe
a todos nós a conscientização para os problemas causados pelas sacolas
plásticas, e que essa restrição, apesar de não agradar a todos, é de
fundamental importância ao meio ambiente. Vamos seguir os bons exemplos dos
outros países.
Fonte:
National Geografic
Comentários
Postar um comentário