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Contra crise, moda no Japão são hotéis a preços baixos e com espaço mínimo

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Hotel Cápsula no Japão Com os números de turistas e de preços de hotéis no Japão subindo graças a um iene desvalorizado, empreendedores têm colocado a criatividade para funcionar em um novo nicho de acomodações cheias de estilo, mas baratas, em beliches, cabines e compartimentos de todos os formatos e tamanhos. A diária para uma noite em um quarto duplo pequeno de hotel com serviço limitado na área central de Tóquio pode custar até 30 mil ienes (US$ 240, ou R$ 750) hoje. Mas, se você procurar um pouco mais, pode ir para a cama com conforto por uma fração desse valor. A apenas dez minutos de caminhada do famoso bairro de compras Akihabara, em Tóquio, um prédio branco de oito andares chamado Grids fica entre blocos residenciais e de escritório. O hotel, uma conversão de um edifício comercial de 34 anos, aberto em abril, oferece quartos que custam de 3.300 a 5.000 ienes (R$ 82 a R$ 125) por pessoa. A cama de um beliche em um quarto compartilhado é a opção mais barata,

Eleição de miss Japão negra gera debate sobre racismo no país

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Miss Japão - Ariana Miyamoto Um concurso de miss no Japão vem gerando um debate no país que vai muito além das medidas das candidatas ou dos vestidos usados. A polêmica ganhou força logo após Ariana Miyamoto colocar a faixa de miss Japão. Tudo porque a jovem de 20 anos é mestiça – sua mãe é japonesa e seu pai, um americano negro. A vitória de Ariana, que ocorreu em maio, trouxe à tona um problema que não é discutido abertamente no país: o racismo. A própria jovem contou que decidiu participar do concurso depois do suicídio de um amigo, que também era mestiço. "Ele tinha 20 anos e sofria com problemas de identidade", disse ela à agência de notícias EFE. "Quando ele morreu, decidiu que tinha de fazer algo a respeito." Ariana é a primeira japonesa mestiça a representar o país no concurso Miss Universo. No Japão, os mestiços são chamadas de hafu (palavra que vem do inglês half , que significa "metade").   Segundo o correspondente da BBC

Cruel, muito cruel

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Até quando iremos continuar sofrendo com os serviços públicos no Brasil? Atendimento à saúde, educação, transportes, sempre tem algum problema em suas estruturas e quem acaba sendo prejudicado é a população. Hoje pela manhã fui vítima de mais um desses “problemas”. A greve dos trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) causou transtornos a milhares de usuários e pegou todos de surpresa, pois a noticia de que os trabalhadores iriam entrar em greve foi divulgada apenas por volta das 22h00min de ontem. Utilizo os trens diariamente para me deslocar para o trabalho de Mogi das Cruzes até o bairro do Tatuapé na capital paulista, e o trajeto é feito em aproximadamente uma hora e dez minutos. Hoje como não tínhamos os trens, a opção foi optar pelos ônibus intermunicipais, e a experiência foi a mais terrível que já passei. Para começar, não conseguia entrar no ônibus, tamanha a quantidade de pessoas nos pontos, e tive que esperar passar 3 coletivos até conse

Revisão das leis do trânsito para ciclistas entra em vigor no Japão

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No dia 01/06/2015, entrou em vigor no Japão uma revisão das leis do trânsito. Ciclistas que forem flagrados repetidas vezes realizando infrações perigosas, como ignorar os semáforos ou pedalar enquanto usam seus smartphones, terão de fazer um curso de regras de segurança. De acordo com as leis de trânsito do Japão, bicicletas são definidas como veículos. Em anos recentes o número de acidentes envolvendo ciclistas e pedestres aumentou bastante. Só no ano passado chegou a 542 o número total de acidentes fatais envolvendo bicicletas. Segundo o especialista em políticas para bicicletas e pesquisador executivo do Instituto de Pesquisas Sumitomo Mitsui Trust, Muneharu Kokura , ainda não foi possível diminuir o uso perigoso das bicicletas, por um simples motivo:   “Um fator é que muitos ciclistas não sabem que a bicicleta é um veículo, e por isso não se sentem obrigados a obedecer as regras do trânsito. A culpa desta situação é uma revisão feita em 1970. Naquela época o Ja

'No Japão, terra dos meus pais, descobri que sou 100% brasileiro'

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Fitas coloridas de papel vão se rompendo à medida que o navio Kasato Maru se distancia do porto de Kobe. A bordo, 781 pessoas, de 151 famílias, choram e acenam com lenços aos que ficam. Partiam com o coração cheio de incertezas e de temores. Mas a vontade de vencer era, com certeza, muito maior. O destino final: porto de Santos, no litoral de São Paulo. Começava ali, no dia 28 de abril de 1908, a primeira de uma série de viagens que levaria os imigrantes japoneses para o Brasil. Depois de quase oitenta anos, foi a vez dos brasileiros fazerem o caminho inverso. O repórter da BBC, Ewerton Tobace, relata suas passagens como filho de imigrantes no Brasil e o outro lado, de brasileiro no Japão. Saíram do Brasil em direção à "terra do sol nascente" com o mesmo espírito dos antepassados que um dia cruzaram os mares. Queriam vencer, de alguma forma, no exterior. O movimento ficou conhecido como decasségui ( 出稼ぎ , dekasegi), cuja palavra significa, literalment

Você sabe o que é "Síndrome de Galápagos"?

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O Japão, em pleno século XXI, ainda continua sendo uma das sociedades mais fechadas do mundo. Mesmo com o crescente número de turistas estrangeiros, alguns equipamentos que facilitam o cotidiano dos japoneses, ainda é um quebra cabeças para os estrangeiros, devido a complexidade e não possuir informações em inglês. Um exemplo clássico, são os caixas eletrônicos. As famosas máquinas ATM (caixas eletrônicos) para saques e outras operações, ainda são um mistério para a maioria dos visitantes estrangeiros. Muito utilizadas pelos japoneses, elas ainda causam certa frustração nos turistas estrangeiros, por não se adequarem aos padrões internacionais. Cheios de peculiaridade, muitos caixas eletrônicos, por exemplo, não funcionam depois de uma determinada hora da noite. Isto surpreende os estrangeiros que estão acostumados a dispor do dinheiro no sistema 24/7. De acordo com o jornal  Nikkei Asian Review , apenas 48,000 dos quase 200.000 caixas eletrônicos do Japão aceitam cartões

Feliz dia das mães

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Minha avó ao centro com filhos e bisnetos A palavra “ pioneira” significa alguém que é o primeiro a abrir caminho, descobridor, desbravador, precursor. Todos esses adjetivos são perfeitamente designados para classificar a minha avó que nos deixou no último dia 24 de abril, quando estava prestes a completar 100 anos de vida. Seu nome, Hanae Toyota, nascida em 1915 na província de Gifu no Japão. Sua relação com o Brasil começa quando ela completa 15 anos de idade. Com o Japão assolado por uma grande crise financeira devido aos altos gastos com as guerras, milhares de japoneses rumavam para outros países em busca de melhores condições de vida. O Brasil era o país que mais recrutava japoneses para trabalhar nas lavouras de café. Foi aí que minha avó ainda adolescente embarcou rumo ao Brasil junto com seu tio. Esse sempre foi um mistério, pois ela nunca comentava sobre os pais ou irmãos, só se sabe que ela veio para o Brasil com esse tio. Desembarcando no Brasil, foi trabalh