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Obesidade: o fantasma que assombra os “filhos” de Fukushima

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Quase quatro anos após a tríplice catástrofe que atingiu o  Japão  (o terremoto seguido de um tsunami e de um desastre nuclear em 2011), o país convive com um fantasma perigoso: a obesidade infantil. O problema é crescente entre os “filhos” de Fukushima, como são conhecidas as crianças que moram em vilarejos próximos à usina de energia. Segundo uma pesquisa feita pelo governo e divulgada pela mídia local, as crianças de  Fukushima  são as mais obesas do Japão. Por medo da exposição à radiação, essa geração passa a maior parte do tempo confinada dento de casa, o que contribui para o desenvolvimento do quadro. Lançada neste mês, a pesquisa calcula a porcentagem de crianças e adolescentes cujo peso corporal é, pelo menos, 20% superior à média considerada sadia e é aplicada a meninos e meninas de 5 a 17 anos. O estudo constatou que 15,07% das crianças de 9 anos na província de Fukushima se enquadravam no perfil da obesidade infantil. A taxa é muito maior do que a média nacional,

Novas tecnologias semeiam a discórdia entre casais

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Uma matéria publicada no jornal japonês “Japan Today” , com o seguinte título, “Os smartphones podem ser nocivos para o casamento”. A reportagem demonstra os problemas que podem existir quando o tempo dispensado aos aparelhos é maior do que aquele dedicado à relação conjugal. O jornal evidencia o caso de Yoshiko, uma japonesa de 42 anos, casada há seis com um homem dois anos mais velho. Quando ela chegou aos 38 anos pensou em ter um filho, mas ele recusou. Atualmente, ambos estão trabalhando em tempo integral. A mulher refere que desde que o homem adquiriu um telefone inteligente, a relação vai de mal a pior. O homem, quando está em casa, está quase todo tempo jogando ao telefone. Em função dos jogos online o marido sugeriu, inclusive, que os dois jantassem separadamente, já que ele queria jantar e jogar ao mesmo tempo. Enquanto o marido está absorto pelo smartphone, não quer ouvir uma palavra do que a esposa diz. O antropólogo sexual Kim Myong-Gan salienta que “na era digital

Enquanto no Brasil a gasolina terá aumento, no exterior ela fica mais barata

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A gasolina é um desses exemplos de como o Brasil é um país surpreendente. Quando o preço do petróleo estava nas alturas no mundo inteiro, por aqui ele ficou praticamente congelado. E agora que o óleo está sobrando os preços derretem no mercado internacional e por aqui a gasolina vai ficar mais cara.  O governo federal vai aumentar os impostos dos combustíveis. A nova alíquota do PIS Cofins será cobrada a partir de fevereiro. Nas refinarias, o litro da gasolina deve subir R$ 0,22. E o diesel, R$ 0,15. O custo final para o consumidor pode ser ainda maior. No pico da alta, no mercado internacional, o barril do petróleo chegou a custar U$ 107 em junho de 2014. Agora vem sendo cotado por menos da metade.  Tendência que não se aplica ao Brasil. O Centro Brasileiro de Infraestrutura fez a comparação. Enquanto a gasolina estava em alta no exterior, o preço era mais baixo no Brasil. E quando o valor caiu lá fora, aqui começou a subir. No início de 2015, o produto está qua

Japão e seu potencial de crescimento no turismo

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A capacidade turística do Japão é enorme, com grandes atrações, onde se destacam as grandes metrópoles, Tokyo, Osaka e Kyoto , que estão sempre lotadas de turistas em busca das atrações gastronômicas, culturais e tecnológicas. Mas esse potencial turístico tem sentido queda devido aos desastres naturais que atingiram o Japão nos últimos anos. O risco de contaminação por radiação, terremotos, tsunamis, tem afastado os turistas. Segundo levantamento da Organização Nacional de Turismo do Japão, em 2014 houve um aumento de 29% no número de turistas em relação a 2013. Estima-se que aproximadamente 13,4 milhões de pessoas visitaram o país no ano passado. Os empresários do setor comemoram o crescimento após anos de retração, e agora vislumbram novas perspectivas de aumento no número de turistas. Vários fatores contribuíram para esse crescimento, tais como: a desvalorização do iene, a simplificação dos trâmites para concessão de vistos para os turistas do Sudeste Asiático, a am

População do Japão encolhe e ameaça crescimento do país nas próximas décadas

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Enquanto o Japão se esforça para sair da recessão em que entrou em 2014, um problema ameaça a sustentabilidade de terceira maior economia do mundo nos próximos anos: a escassez de bebês, e o consequente encolhimento populacional. Segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde do país, apenas 1,001 milhão de japoneses nasceram em 2014, 9 mil a menos que em 2013. O número representa a quarta queda anual seguida e é o menor da série histórica. Ao mesmo tempo, com uma população cada vez mais envelhecida, o número de mortes continuou a subir, fechando 2014 em 1,269 milhão. O saldo fez com que a população japonesa diminuísse em 268 mil. De acordo com estimativa citada pela BBC, se seguir nesse ritmo, a população do Japão, hoje em 126 milhões de habitantes, pode encolher em 30 milhões até 2050. A tendência afeta diretamente a força de trabalho, podendo impactar a capacidade de crescimento do país nas próximas décadas. Além disso, impõe desafios para a manutenção do si

Entendendo melhor o processo de envelhecimento

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Durante o período em que morei no Japão, uma coisa que me impressionava era a disposição com que pessoas idosas tinham para o trabalho. No meu trajeto para o trabalho, passávamos por uma área de atividade agrícola, onde havia várias pequenas propriedades onde se cultivava o plantio de hortaliças, legumes e arroz. No meio dos trabalhadores não se via nenhum jovem, somente pessoas com idade bem avançada, homens e mulheres com mais de 80 anos, cultivando a terra, trabalhando duro sob sol forte ou frio intenso, sempre com a mesma disposição e alegria. Mesmo quem não trabalhava, mantinha-se ativo. Pela manhã os parques encontravam-se cheios de idosos fazendo caminhadas, passeando com seus cachorros ou ainda pedalando com suas bicicletas a lazer ou indo ao supermercado fazer compras. Uma rotina bem diferente dos idosos brasileiros que ou estão sentados nas praças jogando conversa fora ou estão em casa assistindo televisão ou ainda estão nas filas dos hospitais reclamando d

São Paulo importa ideia do Japão para ajudar pessoas a atravessar ruas

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São Paulo iniciou nesta segunda-feira (8) uma experiência para dar mais segurança e rapidez às pessoas que precisam atravessar avenidas em um dos cruzamentos da cidade. É a faixa de pedestres diagonal, ou em "X". Pintadas de azul e branco, as faixas que cortam o cruzamento chamaram a atenção, viraram assunto de conversa na velha esquina do Centro e intrigaram alguns. “Não tô sabendo ainda”, diz um homem. Aí um ia explicando para o outro a ideia de trocar a travessia em L, feita em duas etapas por uma reta só em diagonal. A estudante gostou, porque não precisa mais correr. “Toda vez que eu tinha que atravessar pra cá pra pegar o ônibus, tinha que fazer um trajeto um pouco mais complicado e os faróis não tinham sincronia. Então ajuda bastante”, diz Gabriela Branco, estudante de Direito. A ideia vem do Japão, onde na grande metrópole de Tokyo, milhares de pessoas caminham pelas movimentadas ruas da capital japonesa. Lá a preferência é pelo transporte púb